O credor português Banco BPI disse no domingo que os seus dois maiores acionistas encontraram uma solução para a exigência do Banco Central Europeu que havia forçado a instituição financeira a reduzir sua exposição à Angola.
Em uma declaração à entidade reguladora do mercado, o BPI disse que o acordo entre a instituição espanhola Caixabank SA, que detém 44,1% do BPI, e a empresária angolana Isabel dos Santos, que é dona de uma fatia de 18,6%, foi informado ao BCE e deve se tornar público nos próximos dias. Não foram fornecidos mais detalhes.
O acordo prevê solução para um problema que começou em 2014, com uma decisão judicial da União Europeia que apontou para o elevado risco envolvendo a dívida da ex-colônia de Portugal.
Como resultado, a exposição do BPI à dívida de Angola superou um limite imposto pelo BCE, que estabeleceu que o BPI tinha até domingo para apontar uma solução.
As negociações entre as partes envolviam possibilidades como o Caixabank comprar a participação de Isabel dos Santos no BPI ou a Isabel tomar controle da unidade de Angola, que é denominada Banco de Fomento Angola SA. O credor conta com 50,1% detidos pelo BPI e 49,9% de propriedade da operadora de telefonia móvel de Isabel, a Unitel.