Economia

Bradesco deve fechar ano com alta de até 9% no crédito

O Bradesco espera chegar ao final do ano com crescimento da sua carteira de crédito de 8% a 9%, dentro do novo guidance, de 7% a 11%, anunciado na quinta-feira, 30, pelo banco, segundo Luiz Carlos Angelotti, diretor executivo gerente e diretor de Relações com Investidores do banco. A projeção anterior ia de 10% a 14%.

“A redução não prejudica nossa expectativa para a margem financeira de juros, inclusive, fizemos uma revisão para cima. Devemos fechar bem próximo dos 10,5%”, disse Angelotti, em teleconferência com analistas e investidores, nesta manhã.

Sobre a inadimplência, ele afirmou que não há nada no cenário atual que altere a expectativa do banco quanto à estabilidade deste indicador. Os calotes, segundo ele, devem ficar estáveis tanto no próximo trimestre como em 2015.

A inadimplência do Bradesco, considerando os atrasos acima de 90 dias, apresentou alta pelo segundo trimestre consecutivo, passando de 3,5% em junho para 3,6% em setembro. Em um ano, porém, os calotes ficaram estáveis.

Em relação às despesas com provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, Angelotti disse que a expectativa também é de estabilidade. Esses gastos totalizaram R$ 3,348 bilhões de julho a setembro, alta de 6,6% ante os três meses imediatamente anteriores, de R$ 3,141 bilhões. Na comparação com o mesmo intervalo de 2013, de R$ 2,881 bilhões, foi identificada expansão de 16,2%.

2015

A carteira de crédito do Bradesco em 2015 deve apresentar crescimento superior ao visto neste ano em meio à expectativa de maior expansão da economia brasileira, segundo Angelotti. “A expectativa é de que no ano que vem o crédito no sistema tenha evolução um pouco superior da que tivemos este ano e a economia volte a ter crescimento um pouco superior. Com isso, a carteira de crédito deve ter avanço um pouco superior ao que vamos apresentar em 2014”, disse.

A expectativa do banco para este ano é alcançar o centro da nova faixa divulgada para o crescimento do crédito, de 7% a 11%. Segundo Angelotti, o banco mira alta de 8% a 9%. A projeção anterior ia de 10% a 14%. Sobre as projeções para 2015, ele disse que o banco vai divulgá-las somente no início do ano que vem, como de costume.

Se o crédito deve crescer mais em 2015, a margem financeira de juros (NIM, na sigla em inglês), conforme Angelotti, tende a crescer de 6% a 10%, intervalo um pouco abaixo de 2014. Este era o guidance divulgado também para este ano, mas ontem o banco o revisou para cima, de 9% a 12%.

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