As receitas de prestação de serviços do Bradesco totalizaram R$ 5,328 bilhões no segundo trimestre deste ano, aumento de 6,9% em 12 meses, de R$ 4,983 bilhões. O crescimento ficou acima da expansão das despesas operacionais do banco, de 3,8% na mesma base de comparação. Na comparação com o primeiro trimestre os ganhos do banco foram 0,9% maiores.
O crescimento no comparativo trimestral, conforme o Bradesco explica em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, divulgado nesta quinta-feira, 31, foi impulsionado pelo aumento do volume dos negócios. As receitas que mais contribuíram, segundo o banco, foram operações de crédito, conta corrente e rendas de cartão; compensadas, em parte, pela redução das receitas do Bradesco BBI, apresentadas como underwriting/assessoria financeira.
No comparativo entre o primeiro semestre de 2014 e o mesmo período do ano anterior o incremento de 10,7% foi proporcionado, principalmente, pelo crescimento da base de correntistas. O número de clientes do Bradesco somou 26,5 milhões no término de junho, redução de 100 mil pessoas ante março, de 26,6 milhões. Em um ano, porém, foram acrescidos 300 mil clientes. Já a evolução líquida foi de 251 mil clientes correntistas ativos no período.
Os ganhos do banco com operações de crédito foram a R$ 625 milhões, aumento de 9,1% tanto no comparativo trimestral como em 12 meses. As receitas do Bradesco com cartões somaram R$ 1,919 bilhão, aumento de 10% em um ano, impulsionado pelo crescimento do volume de transações realizadas no período e pela expansão do faturamento. Já os ganhos com conta corrente cresceram 9,3%, para R$ 972 milhões.
BBI
O Bradesco BBI, braço de investimentos do banco, apresentou alta de 10,1% nas receitas do primeiro semestre, para R$ 381 milhões, ante igual intervalo do ano passado, de R$ 346 milhões. O aumento, diz o banco, decorreu do maior volume de negócios realizados no período. De abril a junho, as receitas do BBI foram a R$ 160 milhões, queda de 28,9% em 12 meses. Na comparação trimestral, foi identificado recuo de 27,6%.
“A redução de R$ 61 milhões no comparativo trimestral refere-se, principalmente, ao excelente desempenho no mercado de capitais, ocorrido no primeiro trimestre de 2014”, explica o Bradesco, acrescentando que as oscilações verificadas nesta receita decorrem do comportamento volátil do mercado de capitais.
Operações financeiras
As operações financeiras aumentaram sua participação no lucro líquido do Bradesco no segundo trimestre. Passou de 70% ao final de março para 72% no término de junho. No semestre, também cresceu, para 71% ante 69% visto em um ano.
Com a maior participação das operações financeiras, a fatia representativa de seguros diminuiu. Ficou em 28% no segundo trimestre ante 30% no primeiro. De janeiro a junho, a participação da operação de seguros ficou em 29% ante 31% um ano antes.
O lucro líquido da operação de seguros do Bradesco foi de R$ 1,072 bilhão de abril a junho, expansão de 15,1% em um ano, de R$ 931 milhões. O resultado da seguradora na primeira metade do ano foi de R$ 2,112 bilhões, cifra 13,5% maior em relação ao mesmo período de 2013.