O Bradesco inicia a partir de agora, com a oficialização de Joaquim Levy como futuro ministro da Fazenda, nesta quinta-feira, 27, o processo de sucessão no comando da sua gestora de recursos, a Bram, conforme nota enviada ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Com o anúncio feito hoje, segundo o banco, a tendência é de desligamento formal imediato do executivo.
Levy estava no comando da Bram desde junho de 2010. Desde os rumores da sua nomeação para a Fazenda, alguns nomes têm sido ventilados por fontes do mercado como possíveis substitutos. Um deles é o de Reinaldo Le Grazie, diretor de Renda Fixa da Bram. Segundo gestores, ele e Levy eram muito próximos e sua nomeação como presidente da gestora seria um passo “natural”.
Outro nome citado é o de Herculano Alves, que respondia pela área de Renda Variável e hoje atua como consultor da Bram. Há quem aposte ainda que não seria uma prática muito usual no Bradesco a contratação de um executivo do mercado para substituir Levy.
No entanto, fontes também destacam que há bons nomes no quadro do próprio banco Bradesco e, portanto, não seria necessário procurar um novo talento. Dentre os executivos que poderiam substituir Levy está Cassiano Ricardo Scarpelli, atual diretor departamental da Tesouraria do Bradesco, segundo fontes. Um executivo destaca que sua promoção para o comando da Bram é possível uma vez que ele é de confiança do presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco Cappi.
A Bradesco Asset Management, com cerca de R$ 350 bilhões em ativos sob gestão, iniciou suas atividades em julho de 2001. A gestora é resultado da consolidação entre Bradesco Templeton, BCN Alliance, Boavista, Baneb, Credireal e o departamento de administração de fundos do banco. Hoje, a Bram distribui fundos no Brasil e no exterior nos segmentos de renda fixa, hedge funds, ações, estruturados.