Economia

Bradesco lucra R$ 3,87 bilhões no 3º trimestre

O Bradesco iniciou hoje a temporada de balanços dos grandes bancos ao divulgar lucro líquido contábil de R$ 3,875 bilhões no terceiro trimestre deste ano, expansão de 26,5% na comparação com idêntico período de 2013, de R$ 3,064 bilhões. Em relação aos três meses anteriores, de R$ 3,778 bilhões, foi identificada elevação de 2,6%.

O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio do banco (ROAE) foi a 20,4% ao término de setembro ante 18,4% registrado um ano antes, com expansão de 2,0 pontos porcentuais. Na comparação com junho último, foi visto declínio de 0,3 ponto porcentual.

A carteira de crédito expandida do Bradesco, que inclui avais e fianças, fechou setembro na casa dos R$ 444,195 bilhões, crescimento de 7,7% em 12 meses e de 2,1% em relação ao segundo trimestre, de R$ 435,231 bilhões. De julho a setembro, o destaque foi a expansão das operações de pessoas físicas, que totalizaram R$ 138,028 bilhões, cifra 2,2% superior à registrada no trimestre anterior. Em um ano, o incremento foi de 8,6%. Já a carteira de pessoa jurídica do Bradesco registrou elevações de 2,0% e 7,2%, respectivamente, alcançando R$ 306,167 bilhões, na mesma base de comparação.

Os ativos totais do banco somaram R$ 987,364 bilhões ao final do terceiro trimestre, crescimento de 8,8% em 12 meses e de 6,0% ante o segundo. No término de setembro, o patrimônio líquido do Bradesco totalizava R$ 79,242 bilhões, avanço de 18,2% em um ano. Na comparação com o valor visto ao final de julho, foi visto aumento de 3,2%.

Lucro ajustado

O Bradesco também informou lucro líquido ajustado de R$ 3,950 bilhões no terceiro trimestre, expansão de 28,2% em relação ao resultado identificado em igual intervalo de 2013, de R$ 3,082 bilhões. Ante o trimestre imediatamente anterior, o crescimento foi de 3,8%. A diferença entre o resultado líquido contábil e o ajustado se deve reversão de provisão para riscos fiscais, impairment decorrente do reconhecimento de perda permanente em ações do Banco Espírito Santo (BES), provisão trabalhista e para riscos fiscais, dentre outros, conforme explica o banco em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

Em agosto, o Bradesco havia antecipado que o resultado do terceiro trimestre seria impactado por uma baixa de resultante de ajuste contábil não recorrente do investimento no BES após a decisão do regulador português de intervir na instituição e dividi-la em duas. Conforme relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, o “impairment” feito no período foi no valor de R$ 598 milhões.

Atendimento

O Bradesco ampliou em 820 o número de pontos de atendimento no terceiro trimestre ante o segundo, influenciado, principalmente, pelo crescimento do número de máquinas de autoatendimento (ATM, na sigla em inglês). Em contrapartida, os pontos externos da rede de autoatendimento continuou sendo reduzido. Foram retiradas mais 250 máquinas.

Ao término de setembro, o Bradesco somava 74.028 pontos de atendimento, sendo 4.659 agências. Em um ano, o número de unidades da instituição cresceu em 2.304 pontos. Os chamados Bradesco Expresso, correspondentes bancários instalados em supermercados e farmácias alcançaram 49.020 unidades no final de setembro, crescimento de 834 pontos no trimestre e de 3.406 unidades em um ano.

O Bradesco fechou 21 agências no trimestre e 38 em um ano. A quantidade de colaboradores do banco foi reduzida em 178 pessoas no terceiro trimestre ante o segundo, para 98.849. Em 12 meses, foram cortados 2.561 funcionários.

Margem financeira

A margem financeira total do Bradesco alcançou R$ 12,281 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 14,5% ante o montante registrado em igual período de 2013, de R$ 10,729 bilhões. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior cresceu 1,8%.

No comparativo trimestral, a evolução decorreu, principalmente, do maior resultado obtido com a margem de juros, no valor de R$ 384 milhões, com destaque para crédito e TVM/Outros. Foi compensada, em parte, pela queda da margem de não juros, que reflete basicamente os resultados da tesouraria, no valor de R$ 169 milhões, resultado de menores ganhos com arbitragem de mercados.

A margem financeira de juros do Bradesco, composta por operações que rendem juros e que respondem pela maior parte do valor total, somou R$ 12,238 bilhões, alta de 3,2% ante o segundo trimestre e de 15,2% em 12 meses. Já a parte não relacionada a juros somou R$ 43 milhões, queda de 79,7% e 59,8%, respectivamente.

O Bradesco informou, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras do terceiro trimestre, que espera que sua margem financeira de juros cresça mais este ano. Esta linha deve apresentar alta de 9% a 12% e não mais de 6% a 10%.

A taxa anualizada da margem financeira de juros do banco atingiu 7,5% no terceiro trimestre, queda de 0,2 ponto porcentual ante o segundo trimestre, de 7,7%. Em um ano, subiu 0,5 ponto porcentual. Esta linha foi impactada, explica o Bradesco, principalmente pelo resultado obtido na margem de juros de seguros.

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