Economia

Braga diz estar otimista com leilão de usinas antigas e que procura é grande

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta quarta-feira, 23, estar otimista com o leilão de 29 usinas antigas que não tiveram seus contratos renovados no pacote lançado pelo governo em 2012. No leilão, previsto para o dia 30 de outubro, o governo espera arrecadar R$ 17 bilhões em bônus pelas 29 usinas, sendo R$ 11 bilhões pagos ainda este ano e os R$ 6 bilhões restantes no primeiro semestre de 2016.

“Estamos otimistas, pois a procura tem sido grande, tanto do capital nacional quanto do capital estrangeiro. Estamos conversando com Cemig, Cesp e Copel, que são as principais interessadas, e também estamos conversando com os bancos que podem financiar a operação”, disse o ministro.

Questionado se o setor teria condições de levantar essa soma de recursos em um momento de crise, Braga disse que a modelagem do leilão para o pagamento dividido do valor dos bônus de assinatura foi feita após “uma ampla conversa com o mercado”.

De acordo com o ministro, a Eletrobras não necessariamente participará do leilão. Ainda assim, ele destacou que a estatal em breve terá uma nova estratégia de negócios, que está sendo elaborada em conjunto pelos ministérios de Minas e Energia, Fazenda e Planejamento, que formam o bloco controlador da empresa. “As medidas que estamos adotando para mitigar os impactos do risco hidrológico das geradoras beneficiam muito a Eletrobras e, resolvendo, essa questão já coloca a empresa em um cenário melhor”, alegou.

Braga adiantou também que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está estudando a melhor forma de resolver pendências de indenizações de ativos de transmissão cujas concessões já foram renovadas, outra medida que também beneficiaria a Eletrobras. “Estamos fazendo um esforço para que a resolução dessas pendências não impacte as tarifas pagas pelos consumidores de uma só vez. A nossa estratégia é que esses valores sejam reconhecidos e pagos em médio e longo prazos. Mas esse reconhecimento de crédito é algo que pode ser monetizado pela empresa”, completou.

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