A seleção brasileira masculina de basquete superou um início de partida muito ruim para conseguir uma importante e convincente vitória na estreia no Mundial da Espanha. Neste sábado, na cidade de Granada, os comandados de Rubén Magnano mostraram um ótimo desempenho a partir do segundo período, sofreram um pouco no fim, mas derrotaram a poderosa França, atual campeã europeia, por 65 a 63.
Com o resultado, o Brasil sai em vantagem no Grupo A da competição, ao lado da Sérvia, que venceu neste sábado o Egito com facilidade. No domingo, às 13 horas (de Brasília), a seleção volta à quadra para enfrentar o Irã. Já os franceses tentarão a recuperação contra a Sérvia, no mesmo dia.
O time francês sentiu muito a ausência de alguns de seus principais astros, como Ian Mahinmi, do Indiana Pacers, e principalmente Tony Parker, do San Antonio Spurs. O Brasil se aproveitou e, com uma grande atuação coletiva a partir do segundo período, arrancou para a vitória.
O cestinha brasileiro e da partida foi o armador Marcelinho Huertas, que marcou 16 pontos e ainda anotou cinco assistências. Marquinhos, com 10 pontos, Leandrinho e Anderson Varejão, com oito cada, também foram fundamentais. Varejão ainda pegou nove rebotes. Pela França, destaque para Boris Diaw, do San Antonio Spurs, com 15 pontos, e Nicolas Batum, do Portland Trail Blazers, com 13.
O JOGO – O começo foi muito ruim para a seleção, que não conseguia parar a força do jogo de garrafão da França e via Nicolas Batum e o jovem Rudy Gobert, de apenas 22 anos, tomarem conta do jogo. O ataque também estava travado e só conseguia pontuar em lances de transição. O time francês aproveitou para abrir vantagem, que chegou a ser de nove pontos, mas estabilizou em sete.
O cenário começou a mudar com a entrada de Leandrinho, que acertou duas bolas consecutivas para três pontos. No segundo quarto, o time de Rubén Magnano encontrou seu posicionamento defensivo e conseguiu buscar pontos fáceis no contra-ataque. A dificuldade era parar Gobert.
A pouco mais de dois minutos para o fim do primeiro tempo, o Brasil deixou tudo igual. Raulzinho, que entrou muito bem no jogo, deu a primeira liderança da partida à seleção, que foi para o intervalo vencendo por 28 a 26.
O terceiro quarto começou ainda melhor. Batum e Gobbert já não conseguiam espaço no garrafão e até os rebotes, no início dominados pelos franceses, já paravam nas mãos de brasileiros. Fruto do bom trabalho de Nenê, Splitter e, principalmente, Varejão. No ataque, Raulzinho organizava o jogo com extrema qualidade e a vantagem subiu.
O panorama foi mantido para o último período. Fosse com Raulzinho ou com Marcelinho, o Brasil fazia um bom trabalho ofensivo, o que fez a diferença subir para oito pontos. Foi aí que apareceu Boris Diaw. Pontuando ou dando assistências, o jogador do San Antonio Spurs regia a reação francesa.
O time brasileiro, talvez sentindo o peso da estreia, passou a ter dificuldade no ataque. Com Diaw inspirado, a França cortou a diferença para quatro e teve a chance de encostar ainda mais, mas Heurtel errou bola fácil. No fim, ainda tentou encostar cometendo faltas e puxando ataques rápidos. Heurtel chegou a diminuir a diferença para um ponto a dois segundos para o fim, mas já era tarde.