Quem olha o quadro de medalhas dos Jogos Pan-Americanos de Toronto vê o Brasil com 140 medalhas. Mas já é certo que serão pelo menos 141. Afinal, a seleção masculina de vôlei fará a última disputa do Pan, às 16 horas (de Brasília) deste domingo, contra a Argentina, com uma medalha garantida. Assim, o País iguala, em número total de medalhas, a campanha de Guadalajara (México), há quatro anos.
Para superar aquele desempenho, só há uma possibilidade: se Claudio Richardson ou Jonathan Riekmann subirem ao pódio na prova mais longa e desgastante do atletismo: a marcha atlética de 50km. A competição começa às 8h05 e não deve terminar antes do meio-dia pelo horário de Brasília.
As esperanças seriam maiores se o Brasil tivesse levado ao Pan o veterano Mario José dos Santos Junior, que neste ano bateu o recorde brasileiro e poderia brigar com mexicanos, guatemaltecos e equatorianos. Mas ele priorizou disputar o Mundial de Pequim (China), daqui a um mês.
De qualquer forma, o Brasil já não pode igualar ou superar, em termos qualitativos, a campanha de Guadalajara. Afinal, está com 41 medalhas de ouro, contra 48 obtidas há quatro anos. A responsabilidade recai, diretamente, sobre a delegação do atletismo, que viu suas conquistas douradas caírem de 10 para apenas uma.
A verdade, entretanto, é que o Brasil, ao repetir o resultado de Guadalajara, supera em desempenho o que fez em 2011. Isso porque tanto Canadá quanto Estados Unidos enviaram a Toronto uma delegação muito mais forte do que o Pan passado. Só os canadenses passaram de 119 para 214 medalhas, roubando, obviamente, conquistas que seriam brasileiras se o Pan fosse em outro país.
Restando a disputa de seis finais, além da prova de marcha atlética, nada vai mudar na ordem dos países no quadro de medalhas. Os Estados Unidos ficaram muito à frente do Canadá, por enquanto com 102 de ouro, contra 77 dos vizinhos. Como estão com delegação mais forte do que o usual, os norte-americanos já asseguraram 265 medalhas, 29 a mais do que em Guadalajara. Também o número de ouros subiu: haviam sido 92 em 2011.
Paralelamente, Cuba perdeu espaço. Principalmente porque foi mal no atletismo: ganhou 33 medalhas, sendo 18 de ouro em Guadalajara, e apenas nove (cinco douradas) em Toronto. No total, perdeu 22 medalhas de ouro e 39 no total em apenas quatro anos.
Ainda assim, Cuba termina em quarto, com 36 medalhas de ouro, por enquanto a cinco do Brasil. A Colômbia fica em quinto, com México em sexto e Argentina em sétimo. A Venezuela mais uma vez acabou em oitavo.
No número total de medalhas, o Brasil ficou em terceiro com folgas, com suas 141 medalhas já garantidas. Cuba, com 97, superou o México (vai a 94), enquanto que a Argentina (vai a 75) deixou a Colômbia (72) para trás.
Confira como está o quadro de medalhas:
1.º – Estados Unidos – 102 de ouro, 78 de prata e 81 de bronze (261 no total)
2.º – Canadá – 77 de ouro, 68 de prata e 69 de bronze (214 no total)
3.º – Brasil – 41 de ouro, 39 de prata e 60 de bronze (140 no total)
4.º – Cuba – 36 de ouro, 27 de prata e 34 de bronze (97 no total)
5.º – Colômbia – 27 de ouro, 14 de prata e 31 de bronze (72 no total)
6.º – México – 20 de ouro, 29 de prata e 42 de bronze (91 no total)
7.º – Argentina – 14 de ouro, 29 de prata e 31 de bronze (74 no total)