Economia

Brasil deve mostrar confiança neste momento difícil, diz ministro italiano

Em visita ao Brasil, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Paolo Gentioni, disse nesta quarta-feira, 4, que a economia brasileira vive uma conjuntura que não é fácil, mas afirmou que momentos difíceis são os melhores para demonstrar confiança. “A Itália e as empresas italianas acreditam no Brasil e em seus potenciais, recursos e capacidade de trabalho”, afirmou. Ele fez rápido discurso na Fiesp, onde ocorre seminário de investimentos sobre Brasil e Itália.

Gentioni disse que a implementação de reformas estruturais por parte do governo italiano está contribuindo para a recuperação econômica de seu país. “Estamos flexibilizando o mercado de trabalho e simplificando a vida administrativa. Temos uma jovem liderança que escolheu o caminho das reformas”, afirmou, em referência ao primeiro-ministro Matteo Renzi, de 40 anos.

“Ainda não chegamos até o fim do percurso, mas devemos continuar com as reformas administrativas”, disse. Ele comemorou em seguida que o país deve registrar crescimento de 0,9% em 2015, depois de cair 0,4% em 2014. Gentioni lamentou, no entanto, que a taxa de desemprego esteja caindo em um ritmo “modesto” e de forma insuficiente para reduzir o problema entre os mais jovens. Em setembro, a taxa de desemprego da Itália caiu para 11,8%, o menor nível desde janeiro de 2013. Entre jovens de 18 a 25 anos, o nível é de 40,5%.

Além disso, o ministro destacou que, enquanto a Itália ficou em recessão, as exportações tiveram papel importante neste início de recuperação econômica. “Em todos esses anos difíceis de crise e estagnação, com sacrifício das famílias, a exportação italiana foi muito boa para ajudar a manter a economia do país na rota”, disse.

O ministro está no Brasil com a delegação do governo italiano para atrair investimentos brasileiros na Itália. Segundo ele, a economia europeia pode ser uma oportunidade para os investidores brasileiros. “Estamos saindo de um período difícil, passando por um recomeço, temos potencialidades para desenvolver uma abordagem complementar”, afirmou.

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