A seleção brasileira feminina de futebol empatou sem gols com o Canadá nesta segunda-feira, na última partida antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio. O amistoso em Cartagena, na Espanha, foi equilibrado e teve momentos de domínio das duas equipes. Foi um teste importante para saber em que nível estão as comandadas de Pia Sundhage, que encontraram dificuldade para atacar o rival, muito seguro defensivamente.
"A preparação tem sido muito bem feita. A Pia tem extraído o melhor de nós. O gol não saiu, mas vamos firmes para conquistar o ouro na Olimpíada", falou a atacante Bia Zaneratto, do Palmeiras. Depois de 18 jogos preparatórios, 11 vitórias, cinco empates e duas derrotas, Pia Sundhage anuncia na próxima sexta-feira a lista com as convocadas.
O adversário desta segunda é um velho conhecido da técnica Pia Sundhage, de modo que foi o quarto encontro com as canadenses desde que a sueca assumiu a seleção brasileira. Agora, são duas vitórias e dois empates contra o rival da América do Norte.
Na Olimpíada de Tóquio, o Brasil, integrante do Grupo F, terá pela frente na primeira fase China, Holanda e Zâmbia. A estreia será em 21 de julho. O Canadá vai enfrentar Grã-Bretanha, Japão e Chile. As duas equipes podem se encontrar em uma eventual fase de quartas de final.
Com o objetivo de definir as 18 atletas e as quatro suplentes que irão ao Japão, Pia fez novos testes na equipe nesta segunda-feira. A novidade foi a escalação de Julia Bianchi que foi titular na vaga de Formiga, lesionada.
Depois de vencer a Rússia com facilidade na última sexta-feira, a seleção brasileira se deparou com um adversário muito mais forte, que se defendeu bem e levou perigo quando atacou. Apesar da ausência de gols, foi um duelo movimentado na Espanha.
Na etapa inicial, o Brasil dominou a primeira metade e levou perigo em chutes de fora da área com Bia Zaneratto e Andressinha. O Canadá cresceu depois dos 30 minutos e explorou a velocidade pelas laterais e por meio do jogo aéreo.
Foi semelhante o panorama no segundo tempo, de modo que o equilíbrio visto na primeira etapa se manteve, com os dois times se alternando na busca pelo gol. Pelo Brasil, Tamires e Duda foram as que ficaram mais perto de balançar as redes, mas a primeira parou na goleira Sheridan e a segunda, no fim do jogo, chutou rente à trave.
As canadenses assustaram ao menos duas vezes, exigindo ótima defesa de Bárbara em finalização de Quinn na área e depois em cabeceio de Zadorsky que acertou a trave esquerda.