O Japão será o adversário da seleção brasileira de futsal nas oitavas de final do Mundial, que está sendo realizado na Lituânia. A bola vai rolar para o confronto decisivo nesta quinta-feira, às 14 horas (de Brasília), na cidade de Kaunas, a segunda maior do país situado no Leste Europeu.
A delegação brasileira desembarcou na cidade do jogo nesta segunda-feira e fará, nesta terça, o treino oficial na Arena de Kaunas. No entanto, para os membros da comissão técnica o trabalho começou mais cedo. O auxiliar-técnico, Paulinho Cardoso, o treinador de goleiros, Fred Antunes, e o analista de desempenho, Rodrigo Carlet viajaram até a capital Vilnius para acompanhar o jogo da seleção japonesa diante do Paraguai.
"É uma equipe que propõe o jogo, diferente dos adversários que enfrentamos até agora. É uma equipe que marca individual a quadra toda, muito ativa, que finaliza bastante. Tem uma transição muito boa. Nós vimos ela em momentos diferentes, uma com a marcação individual, que foi o jogo da Espanha, marcação-pressão, e eles se portaram muito bem, numa marcação que é parecida com a nossa. E durante uma marcação quadrante, que é uma marcação com menos atitude, menos agressiva, que foi contra o Paraguai, aí ela não esteve muito bem. Há indícios também de cansaço, que é natural por causa do acúmulo de jogos. Vai ser um duelo de duas propostas de defesa próximas, que pressionam. Mas também de duas equipes que propõem o jogo. Então, penso que será um jogo para as nossas características", comentou Paulinho Cardoso, seguido pela análise de Fred Antunes:
"O time do Japão é muito organizado, com dois pivôs muito fortes, o número 11 (Shota Hoshi) e o número 9 (Kazuya Shimizu). Com uma movimentação muito boa no ataque, com bons finalizadores. É uma equipe bem estruturada e que evoluiu muito no futsal, vejo um time que vai nos dar muito trabalho nessas oitavas de final. Um goleiro brasileiro, com leitura boa de jogo em coberturas dentro e fora da área. O número 10 (Katsutoshi Henmi) que é o armador do time é outro brasileiro e é o que faz as coisas funcionarem dentro de quadra. E o Arthur que organiza bem jogo principalmente nas saídas de bola", complementou.
O Brasil chega para o mata-mata do torneio depois de fechar a primeira fase na liderança do Grupo D, com 100% de aproveitamento. A caminhada no Mundial começou com goleada por 9 a 1 diante do Vietnã. Na sequência, os comandados do técnico Marquinhos Xavier venceram a República Checa por 4 a 0. E, na última rodada, derrotaram o Panamá por 5 a 1.
Já o Japão garantiu a vaga como um dos quatro melhores terceiros colocados. No Grupo E do torneio, os japoneses fecharam a primeira fase com três pontos conquistados – uma vitória e duas derrotas, com 11 gols feitos e 10 sofridos.
"Mas nessa fase, vale lembrar que são equipes que se classificaram por méritos. São 16 seleções bastante qualificadas, que certamente vão apresentar enorme resistência para seus adversários. Temos que ter bastante cuidado. A partir de agora a gente vai trabalhar toda a parte de análise, propriamente dita, nos materiais de vídeo. Colher os feedbacks e poder transportá-los para os atletas, para a comissão técnica, para que estejamos ainda mais preparados para esse confronto", comentou Rodrigo Carlet.
O Brasil defende uma hegemonia expressiva no Mundial. Além de ter participado de todas as oito edições anteriores, a seleção alcançou seis decisões e venceu cinco, número que coloca o país como o maior vencedor da competição.