O Brasil encerrou o Mundial Juvenil de Atletismo, para atletas com até 19 anos, com duas medalhas. Neste domingo, em uma das últimas provas da competição realizada em Eugene (Estados Unidos), Mateus de Sá bateu o recorde brasileiro da categoria para conquistar o bronze no salto triplo.
Paulista de Dracena, Mateus havia feito, na quinta, nas eliminatórias, o melhor salto da sua vida, com 16,15m. Ao ultrapassar a marca de corte logo no primeiro salto, abriu mão dos demais.
Neste domingo, na final, ele foi muito regular. Acertou todas as seis tentativas, ficando cinco vezes acima de 16,18m. O melhor salto, porém, foi o segundo, de 16,47m, que garantiu a ele o bronze. A prata ficou com o alemão Max Hess (16,55m) e o ouro com o cubano Lázaro Martínez, que bateu o recorde do campeonato com 17,13m.
A outra medalha do Brasil no Mundial foi de ouro, conquistada na sexta-feira por Izabela Rodrigues da Silva, no lançamento do disco. Assim, ela se tornou apenas a terceira brasileira campeã mundial juvenil, igualando Thiago Braz, que venceu no salto com vara em 2012, e Clodoaldo Gomes da Silva, campeão nos 20.000 metros em 1994.
FICOU NO QUASE – Outro grande nome do Brasil no Mundial foi Thiago André, mas ele ficou no quase de novo. Depois de ser quarto colocado nos 1.500m, o fundista fez a final dos 800m neste domingo e mais uma vez bateu na trave, ficando em quarto.
Com os dois quenianos muito à frente, ele marcou o etíope Jena Umar a prova toda, deixando para passá-lo na reta final. Fez isso, mas não esperava que o sueco Andreas Almagren, que vinha atrás dele, tivesse ainda mais fôlego e passasse os dois nos metros finais.
Sábado, na final do revezamento 4x100m livre feminino, o Brasil era forte candidato à medalha, mas errou na primeira passagem do bastão de Letícia Cherpe de Souza para Vitória Cristina Rosa, e acabou eliminado. No Mundial adulto do ano passado, o bastão também caiu e estragou a chance de medalha para a equipe brasileira.
No chamado placing table, que valoriza as conquistas da equipe em finais, o Brasil acabou na 17.ª colocação, graças aos resultados de Izabela, Mateus, Thiago e Núbia Soares, oitava no salto triplo feminino. Há dois anos, em Barcelona, o Brasil havia sido 12.º. Como de praxe, os EUA ficaram em primeiro, disparados. O Quênia foi segundo.