A França elegeu domingo (6) seu presidente da República. É François Hollande, que derrotou o neoliberal Nicolas Sarkozy. Foi decisivo para a vitória socialista o engajamento dos trabalhadores.
Essa é uma regra geral. Aqui, como lá, os avanços ocorrem quando a classe trabalhadora se mobiliza. Quando há recuo, as políticas conservadoras tomam conta do País.
Digo isso para chamar atenção sobre fatos recentes de nosso País, todos com forte presença sindical. Presença mais produtiva quando há diálogo entre governo e movimento sindical. Nesse aspecto, vale destacar a recente reaproximação entre a Presidente Dilma e o sindicalismo.
No encontro com Dilma e, depois, com vários ministros, o movimento sindical reafirmou a Agenda Unitária da Classe Trabalhadora. Também reafirmamos o eixo estratégico da nossa pauta, que é o desenvolvimento focado na produção, no emprego e na melhoria da renda.
Não se faz tudo de uma vez. Mas os avanços já são efetivos, como na questão dos juros. A queda continuada na taxa Selic, a redução dos juros e tarifas do Banco do Brasil e da Caixa Federal, por exemplo, são reivindicações do movimento sindical. A aprovação da Resolução 72, barrando a farra das importações, é outro ganho da Nação que teve incontestável presença sindical. Pontos como o fim do imposto de renda sobre os ganhos de PLR e e a votação do fim do Fator Previdenciário estão sendo negociados. Estamos tocando com êxito, também, a tramitação da PEC do Trabalho Escravo.
Brizola – O movimento sindical não abre mão de sua força política. Foi o que fizemos, agora, conseguindo indicar Brizola Neto para a Pasta do Trabalho e Emprego. Mas não queremos só influir na indicação do titular da Pasta. Queremos um Ministério estruturado, com Servidores e meios suficientes para fazer a máquina andar. E um Ministério que tenha políticas efetivas, como na qualificação da mão de obra.
Outro dia, falando no Tribunal Superior do Trabalho, o secretário-geral da Força Sindical, companheiro Juruna, relatou a presença sindical na vida nacional, relacionando uma série de ações, movimentos e conquistas. Entre os quais está a política de recuperação do valor do salário mínimo, beneficiando 50 milhões de brasileiros.
As pessoas de fora não têm uma visão real da ação sindical, cotidiana, firme e efetiva. Nem dos benefícios que o sindicalismo obtém para os trabalhadores, a economia e a Nação. Por outro lado, a elite burguesa – aliada à grande mídia – tenta esconder os avanços promovidos pelo sindicalismo e a todo custo quer o fim dos Sindicatos, buscando concentrar a riqueza nas mãos de poucos.
Faço esse tipo de relato para contar um pouco do que fizemos, fazemos e faremos. Uma de nossas bandeiras será a reforma tributária, porque
José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e Região