Opinião

Brasil mais triste sem Chico Anysio


O brasileiro tem motivos para uma certa tristeza neste final de semana, com a partida, no início da tarde desta sexta-feira do querido Chico Anysio. Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, cearense de Maranguape, iria completar 81 anos no próximo 2 de abril de 1931. Mas não resistiu às complicações dos problemas de saúde que o deixaram hospitalizado durante meses nos últimos dois anos.


Chico foi um brasileiro que se revelou ao mundo já com oito anos, quando se mudou com a família para o Rio de Janeiro, onde já começou a demonstrar seus dotes artísticos, fazendo imitações. Pensou em ser advogado, ao ingressar na Faculdade de Direito, curso que desistiu antes do início. Na Rádio Guanabara, onde, acumulou cargos de ator, locutor, redator e comentarista esportivo, numa demonstração que poderia se superar para se tornar alguém de destaque em sua vida.


Na linha de shows e comédias, fez escola ao lado de Grande Otelo, Chocolate e Luiz Tito. Recentemente, depois de perder seus programas humorísticos na Globo, teve participações especiais em novelas de sucesso como “Caminho das Índias” (2009), “Pé na Jaca” (2007) e “Sinhá Moça” (2006). Na carreira de humorista, os grandes destaques. Foram mais de 200 personagens. Quem pode se esquecer do lendário Professor Raimundo, que nasceu na Rádio Mayrink Veiga, , mas tomou corpo na TV Rio, s em 1957. Décadas mais tarde, tornou-se um ícone da televisão brasileira, já na Rede Globo, com a impagábel Escolinha do Professor Raymundo.


Foi nesta emissora, a partir de 1969, que o humorista consagrou programas como “Chico Anysio Show”, “Chico City”, “Estados Unidos de Chico City”, “Chico Total” e, por fim, “Escolinha do Professor Raimundo”. Em todos eles apareceram seus tipos imortais, como a “Salomé”, o “Painho”, o famoso “Profeta” e tantos outros. Chico também tem obras como pintor, compositor e escritor. Ele lançou 17 livros.


Casado seis vezes – um dos mais comentados foi com a ex-ministra da Economia do governo Collor, Zélia Cardoso de Mello -, Chico Anysio a deixa oito filhos: Lug, André, Cícero, Nizo, Bruno, Rico, Rodrigo e Vitória. Assim, ele parte – depois de lutar com bastante garra contra a doença. Mas deixa um legado a uma imensidão de fãs por todo o Brasil e pelo mundo afora.

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