O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) traçou uma meta ambiciosa para os Jogos Paralímpicos do Rio, que acontecerão em setembro de 2016. Nesta terça-feira, o presidente do CPB, Andrew Parsons, reafirmou a intenção declarada ainda em 2009, quando o Rio conquistou o direito de sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos: terminar em quinto lugar no quadro geral de medalhas.
Diferentemente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), que tem como objetivo levar o Time Brasil ao décimo lugar na soma total de pódios, o CPB almeja a quinta colocação na contagem oficial da competição. “Nossa meta é o quinto lugar não por número de medalhas, mas sim por medalhas de ouro”, frisou Parsons.
Para auxiliar na preparação, um moderno centro de treinamentos está sendo construído em São Paulo, em parceria entre os governos do Estado e Federal. A previsão é a de que esteja concluído em 2015 e possibilite a preparação final dos atletas paralímpicos brasileiros.
O investimento público é praticamente a única fonte de financiamento do CPB. “Nosso maior desafio é a falta de envolvimento da iniciativa privada”, avaliou Parsons. “Hoje, 99,9% dos nossos investimentos têm origem pública”, continuou. No atual ciclo paralímpico, o orçamento anual tem sido de aproximadamente R$ 90 milhões.
A equipe brasileira tem tido um grande avanço na classificação final dos Jogos Paralímpicos desde a edição de 1992, disputada em Barcelona. Na ocasião, o Brasil terminou a competição na 37ª colocação. Na última edição, realizada em Londres, a posição final do País foi o sétimo lugar.
Mas, para atingir a meta em 2016, o salto terá que ser grande. Em 2012, a equipe brasileira terminou os Jogos com 21 medalhas de ouro, na sétima colocação. A Austrália, quinta colocada no quadro de medalhas, conquistou 32. “O buraco é mais fundo do que o imaginado em 2009, mas temos condições de atingi-lo”, garantiu Parsons.