O Brasil Open também quer o piso duro para 2019. Após sofrer nos últimos anos com a ausência de tenistas de maior peso, a organização da competição paulistana sonha com a mudança na superfície, do saibro para a quadra dura, visando se tornar mais atrativa para tenistas do Top 20 do ranking.
“É claro que essa mudança é interessante para nós. Nós estamos tentando mudar, o Rio Open também. Seria ótimo se conseguíssemos”, diz o diretor do torneio, Roberto Marcher. “Torço para que a gente consiga colocar o torneio em quadra dura no próximo ano.”
Para tanto, a organização do Brasil Open vai apresentar o pedido de mudança de piso em reunião da ATP que será realizada durante o Masters 1000 de Indian Wells, nos Estados Unidos. A competição terá início nesta quinta e as movimentações políticas nos bastidores já começaram entre os diretores dos torneios da ATP.
Apesar de o calendário de 2019 já estar definido, uma mudança de piso ainda é possível. Assim, os organizadores dos torneios sul-americanos, tradicionalmente disputados em saibro, se movimentam para levar o pedido a votação. Além do Brasil Open e do Rio Open, os Torneios de Quito e Buenos Aires também almejam a alteração para formar o que seria uma gira de quadra dura na América do Sul.
A mudança para a quadra dura poderia favorecer o Brasil Open, mas Marcher admite que o maior problema da competição é a data. O torneio paulistano é disputado na mesma semana que os elogios ATPs 500 de Dubai e Acapulco, que são de nível mais elevado – o Brasil Open é ATP 250 – e oferecem maiores premiações.
“Nós competimos com dois ATPs 500 disputados em quadra dura. E tem o prêmio também. A data não é boa para nós. Estamos tentando solucionar isso há um bom tempo, em conversas, trocando correspondências, nas reuniões da ATP. A data de Buenos Aires seria perfeita para nós. Já fizemos um revezamento. Já pedimos essa troca, mas infelizmente não fomos bem-sucedidos”, diz Marcher.
A data não pode mais ser alterada para 2019, mas a mudança no piso já poderia trazer benefícios para o Brasil Open, na avaliação do diretor. O torneio poderia se tornar uma alternativa de quadra dura no continente para os tenistas que quem iniciar a preparação para os Masters de Indian Wells e Miami, ambos disputados nos Estados Unidos.
Independentemente do piso, Marcher aposta na permanência do Brasil Open no Ginásio do Ibirapuera, como aconteceu neste ano – nas duas edições anteriores, a competição aconteceu no Esporte Clube Pinheiros. “Tem 95% de chance de ser no Ibirapuera novamente”, afirma o diretor, evitando garantir 100% a permanência no local.