Olhando pelo ponto de vista esportivo, a apresentação com maças e arcos na ginástica rítmica por conjunto não valia muita coisa – a competição não faz parte dos Jogos Olímpicos. Mas, para o quadro de medalhas do Pan, o ouro poderia fazer a diferença numa eventual disputa parelha com Cuba. A prata na última competição da modalidade deixa um gosto amargo.
Afinal, o Brasil passou zerado no dia menos movimentado dos Jogos Pan-Americanos até aqui. Das sete medalhas de ouro distribuídas, não ganhou nenhuma. Teve que se contentar com uma de prata e duas de bronze. E ainda perdeu o pódio do basquete feminino, igualando seu pior resultado na história do Pan.
Ainda assim, passou da 100.ª medalha pela quinta edição seguida dos Jogos Pan-Americanos e já superou, em número de medalhas, todas as campanhas anteriores a 2003. No total de ouro, só perde para o resultado do Rio (2007) e de Guadalajara (2001). Isso antes de começarem as competições de atletismo – só três provas de rua foram realizadas.
No primeiro dia da esgrima, Renzo Agresta surpreendeu o vice-campeão mundial, mas acabou derrotado na semifinal e ficou com o bronze. Os dois brasileiros que competiram no tae kwon do (Henrique Preciso e Josiane Lima) ficaram sem medalha. Ele chegou a disputar o bronze, mas acabou derrotado.
Mas a pior notícia veio do boxe, com mais duas eliminações. Dos oito brasileiros que foram a Toronto, só quatro seguem vivos. Isso significa um resultado expressivamente pior do que há quatro anos, quando o Brasil ganhou sete medalhas. Em oito lutas até aqui, foram só quatro vitórias. É muito pouco.
Por outro lado, o tênis de mesa vem cumprindo o cronograma e está nas semifinais por equipes, garantindo pelo menos o bronze. A conta tanto no masculino quando no feminino, entretanto, é ficar com o ouro nesta terça-feira.
POUCAS MEDALHAS – Mas o dia não foi parado só para o Brasil. Ninguém teve nada a comemorar, exceto os EUA, que levaram seis das sete medalhas de ouro disputadas – a outra foi para o México. Assim, quase nada mudou no quadro de medalhas nesta segunda-feira, exceto que agora os EUA têm 11 medalhas de ouro de vantagem para o Canadá.
Há três dias, estavam cinco medalhas atrás. Ganharam 25 nesse período, contra 11 dos donos da casa. No total de medalhas, os EUA já abriram 21 de folga, três a mais do encerramento do dia no domingo. Colômbia, Cuba, México e Argentina faturaram cada uma duas medalhas no dia. Mais uma vez, ficaram atrás do Brasil.
POUCAS CERTEZAS – As competições de atletismo no Estádio de Universidade de York começam nesta terça-feira com a incerteza do que poderá ser a campanha do Brasil. Afinal, desta vez o Canadá está com força máxima. Muitos brasileiros são candidatos à medalha, mas poucos favoritos ao ouro.
Nesta terça, prometem brigar pelo pódio nomes como Thiago Braz (favorito no salto com vara), Fábio Gomes (também na vara), Jucilene Sales de Lima (dardo), Darlan Romani (peso), Keila Costa (encara a campeã mundial no salto triplo) e Giovani dos Santos (10.000m). Se conquistar seis medalhas, duas de ouro, o Brasil sairá feliz de York.
No vôlei de praia, Alvinho e Vitor Felipe fazem final contra a dupla mexicana que é uma das revelações da temporada. O mesmo no feminino, com Lili e Carol Horta diante das canadenses. Com a diferença é que a disputa é pelo bronze. A esgrima tem a estreia de Nathalie Moellhausen, italiana de dupla cidadania, que já foi campeã mundial e tem boas chances de medalha no Pan.
CONFIRA AS PRIMEIRAS COLOCAÇÕES DO QUADRO DE MEDALHAS:
1.º Estados Unidos – 65 de ouro, 54 de prata e 49 de bronze (168 total)
2.º Canadá – 54 de ouro, 51 de prata e 42 de bronze (147 total)
3.º Brasil – 30 de ouro, 29 de prata e 43 de bronze (102 total)
4.º Colômbia – 24 de ouro, 8 de prata e 24 de bronze (56 total)
5.º Cuba – 23 de ouro, 18 de prata e 28 de bronze (69 total)
6.º México – 14 de ouro, 21 de prata e 28 de bronze (63 total)
7.º Argentina – 10 de ouro, 20 de prata e 21 de bronze (51 total)