O Brasil apresentou novamente maior saldo comercial positivo entre os parceiros com a China no acumulado do ano, seguindo movimento observado no primeiro quadrimestre. De janeiro a maio, o montante ficou em US$ 6,473 bilhões ante déficit de US$ 687,394 milhões de igual período do ano passado. Outra vez, o resultado foi impulsionado pelas vendas da soja nacional ao mercado.
A oleaginosa adquirida pela China gerou receita para o Brasil de US$ 8,388 bilhões, alta de 26,59% ante os cinco primeiros meses de 2015. A participação da commodity nas exportações totais do Brasil à China, que somaram US$ 15,694 bilhões, foi de 53,45%. O segundo item brasileiro mais vendido aos chineses foi minério de ferro e seus concentrados, com receita de US$ 2,308 bilhões, queda de 5,83%, seguido de óleos brutos de petróleo, com cifra de US$ 1,260 bilhão, recuo de 28,50%.
Nas importações de produtos chineses pelo Brasil, que somaram US$ 9,221 bilhões no acumulado do ano até maio, o destaque ficou com plataformas de perfuração ou de exploração, com US$ 625,774 milhões, alta de 48,60%. Na sequência vieram circuitos impressos e outras partes de telefonia, com cifra de US$ 497,607 milhões, queda de 34,57% e partes e acessórios de máquinas automatizadas para processamento de dados, com US$ 275,986 milhões, recuo de 41,64%.
Já Países Baixos (Holanda) foi o mercado com o qual o Brasil teve o maior segundo saldo comercial positivo de janeiro a maio, com receita de US$ 3,204 bilhões ante superávit de US$ 2,639 bilhões do mesmo período de 2015, mantendo a posição anterior. Na pauta de exportações, tubos flexíveis (de ferro ou de aço), com receita de US$ 610,060 milhões, alta de 67,41%, continuaram sendo o principal item nacional vendido ao país. Destaque também para farelo e resíduos da extração de óleo de soja, com receita de US$ 520,178 milhões, avanço de 8,47%, e celulose, com US$ 358,007 milhões, aumento de 5%.
A Argentina também manteve o lugar, de terceiro maior saldo positivo comercial com o Brasil, com US$ 1,872 bilhão nos cinco primeiros meses deste ano ante US$ 684,034 milhões do mesmo período de 2015. A receita com exportação brasileira à Argentina aumentou 2,27%, para US$ 5,320 bilhões, puxada por automóveis de passageiros, com montante de US$ 1,363 bilhão, avanço de 45,71%. Na sequência ficaram veículos de carga, com US$ 367,124 milhões (+26,24%) e partes e peças para veículos automóveis e tratores, com US$ 352,289 milhões (-34,55%). Nas importações, automóveis de passageiros foram os produtos mais comprados pelo Brasil da Argentina, com US$ 567,578 milhões (-32,67%), seguido de veículos de carga, com US$ 551,192 milhões (-26,39%) e trigo em grãos, com US$ 276,521 milhões (-36,43%).
Exportações
Após China, a maior receita que o Brasil teve com exportações foi com os Estados Unidos. O montante gerado de janeiro a maio foi de US$ 8,607 bilhões, queda de 10,98%, impulsionado pelas vendas de aviões. As operações com esse item levantaram receita para o Brasil de US$ 1,005 bilhão, avanço de 8,52%. Já o terceiro maior mercado nesse sentido foi a Argentina.
Importações
Nas importações, a China também liderou, com compras pelo Brasil de US$ 9,221 bilhões, recuo de 36,06%. O segundo maior mercado das importações brasileiras foram os Estados Unidos, com divisas de US$ 9,176 bilhões, queda de 22,01%. O principal item comprado do mercado foram partes de motores e turbinas para aviação, com US$ 699,428 milhões (-2,92%). O terceiro maior mercado continua sendo a Alemanha, com US$ 3,702 bilhões, diminuição de 18,99%, com destaque para medicamentos veterinários e para saúde humana, com US$ 366,995 milhões (-19,64%).