Os brasileiros estão mais otimistas com a situação do País, de acordo com pesquisa feita pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e pelo Ipespe. De acordo com o levantamento, 48% dos entrevistados consideram que o Brasil está melhor, contra 41% na rodada anterior do levantamento, em junho. A parcela dos que veem uma situação pior caiu de 24% para 19% no mesmo período.
Da mesma forma, segundo a pesquisa, a parcela dos entrevistados que esperam que o Brasil melhore até o final do ano passou de 53% para 59%; aqueles que acreditam que vai piorar caíram de 24% para 20%. Ao mesmo tempo, 72% esperam que a vida pessoal e familiar melhore até o final de 2023, contra 70% em junho.
A melhoria das percepções também se deu em relação a indicadores como custo de vida, taxa de juros e desemprego. Na nova rodada da pesquisa, 45% dos entrevistados esperavam que juros aumentem, contra 48% em junho. Outros 25% esperam que diminuam, contra 22% na pesquisa anterior.
Ainda de acordo com o levantamento, 43% dos entrevistados disseram que esperam que a inflação e o custo de vida aumentem, contra 45% na pesquisa anterior; 30% esperam que os preços caiam, contra 29% no levantamento realizado em junho.
Em relação ao desemprego, 40% esperam que diminua nos próximos seis meses, contra 39% em junho. Outros 34% esperam que aumente, o mesmo porcentual computado pela pesquisa anterior.
"Os resultados dessa edição do Radar Febraban refletem em grande medida o ambiente econômico favorável apontado nas últimas avaliações e projeções divulgadas, que indicam desaceleração da inflação, redução da taxa de juros, queda do desemprego, aumento do consumo e adesão às medidas para redução do endividamento", afirma em nota o presidente do conselho científico do Ipespe, Antonio Lavareda.
<b>Aprovação do governo</b>
A pesquisa mediu ainda a aprovação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O índice de entrevistados que aprovam a gestão saiu de 51% em junho para 55% em setembro, diante do contexto de melhora na economia. Os que desaprovam passaram de 40% para 38%.
A aprovação do governo chega a 65% no Nordeste, de acordo com o levantamento, e tem o pior desempenho na região Norte, com 43% dos entrevistados. A aprovação é maior entre as mulheres (59%) e entre os entrevistados com idades entre 25 e 44 anos (59%).
A pesquisa da Febraban e do Ipespe foi feita entre os dias 28 de agosto e 1º de setembro, e ouviu 2.000 entrevistados que representam a população brasileira adulta. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95,5%.