Após o <i>Estadão</i> revelar as ameaças feitas pelo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, ao presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL)), sobre a não realização das eleições, caso não seja instaurado o chamado "voto auditável", Lira foi ao Twitter dizer que o brasileiro "vai julgar seus representantes em outubro do ano que vem através do voto popular, secreto e soberano".
Na postagem nas redes sociais, Lira não cita diretamente os fatos revelados pela reportagem. "A despeito do que sai ou não na imprensa, o fato é: o brasileiro quer vacina, quer trabalho e vai julgar seus representantes em outubro do ano que vem através do voto popular, secreto e soberano. As últimas decisões do governo foram pelo reconhecimento da política e da articulação como único meio de fazer o País avançar", escreveu o presidente da Câmara.
Como mostrou matéria do <i>Estadão</i>, Lira recebeu, no último dia 8, um duro recado de Braga Netto, por meio de um importante interlocutor político. O general pediu para comunicar, a quem interessasse, que não haveria eleições em 2022, se não houvesse voto impresso. Ao dar o aviso, o ministro estava acompanhado de chefes militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.