Pesquisa divulgada na última semana constatou que 86% dos brasileiros com acesso à internet utilizam a rede para buscar orientações sobre saúde, remédios e suas condições médicas. Os dados da pesquisa revelam que 68% dos brasileiros buscam online informações sobre medicamentos, 45% procuram se informar sobre hospitais e 41% querem conhecer na internet experiências de outros pacientes com determinado problema de saúde. No entanto, somente um quarto das pessoas verifica as fontes das informações de saúde disponíveis na internet.
Idealizada pela seguradora de saúde Bupa, a pesquisa entrevistou 12.262 pessoas em 12 países, sendo 1.005 brasileiros, e foi implementada pelo instituto independente Ipsos MORI. Além do Brasil, participaram da pesquisa a Austrália, China, França, Alemanha, Índia, Itália, México, Rússia, Espanha, Reino Unido e EUA. No Brasil, a idade da amostra foi representativa da população até 50 anos.
Os resultados mostraram que a maioria (57%) dos brasileiros gostaria de poder renovar suas prescrições de tratamentos pela internet, enquanto 55% gostariam de usar a rede para marcar as consultas e 54% mostram interesse em acessar seus prontuários médicos ou resultados de testes online. Atualmente, 23% marcam consultas, acessam seus prontuários médicos e resultados de testes pela internet.
Com smartphones e tablets em vias de superar as vendas de computadores pessoais em 2012, não só existem mais informações online como também mais formas de acessá-las. Um relatório encomendado pela Bupa à London School of Economics (LSE) revela que as pessoas terão dificuldades para selecionar o conteúdo, já que não verificam a fonte das informações.
"É necessário conferir as fontes para atestar a qualidade do conteúdo. Nesse sentido, vale verificar quem é o autor ou organização responsável pelo website e checar quando as informações foram atualizadas pela última vez," alerta David McDaid, da London School of Economics. "Informações de saúde não confiáveis disponíveis na internet podem trazer sérias consequências. O paciente pode interpretar erroneamente seus sintomas, levando a uma corrida por exames e até tratamentos desnecessários. Ou o contrário, pode levar o paciente a subestimar o problema", afirma Sneh Khemka, diretor médico da Bupa Internacional.