Economia

BRF espera crescimento do grupo com volta de produtos da Perdigão ao mercado

A BRF amplia a participação da marca Perdigão no mercado, após três anos de restrições. Em julho de 2012, nove de 22 categorias comercializadas pela marca foram suspensas temporariamente por determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A medida foi imposta como uma condição à fusão da empresa de Santa Catarina com a Sadia, que originou o grupo BRF, em julho de 2011. Produtos como presuntos, apresuntados, linguiças, carne suína, além da linha de produtos natalinos, foram retirados das prateleiras temporariamente.

A partir desta quinta-feira, 2, porém, quatro categorias estarão de volta às prateleiras. Com este retorno, a marca pode chegar a 83% de participação no mercado de produtos congelados, frios e embutidos, segundo estimativa da empresa.

O diretor de marketing da marca, Fabio Miranda, disse em entrevista coletiva nesta quarta-feira que esta ampliação irá impulsionar o crescimento do grupo BRF no segundo semestre. Ele, porém, não deu números. “Vamos alcançar um terço a mais de mercado”, disse Miranda. Rafael Ivanisk, diretor nacional de vendas da BRF, reforçou: “A marca vai ter um papel importante para o crescimento no segundo semestre. Será peça fundamental para o ano.”

Desde as restrições, a Perdigão continuou apenas em alguns setores, como pratos prontos. Para os próximos dois anos, outros itens devem retornar. Em 2016, a categoria salame e, em 2017, lasanha, peito de peru, pizza congelada, quibe e almôndega.

De acordo com Ivanisk, os preços de comercialização ficarão abaixo dos valores dos produtos da marca Sadia, também do grupo BRF. “A precificação da Sadia é maior e o preço Perdigão vai entrar um pouco abaixo na média.” O retorno dos produtos será acompanhado por uma forte campanha de marketing.

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