O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), dedicou o último dia de campanha em visitas reservadas nas quais tomou uma sequência de cafés em casas de militantes do "PSDB raiz" em bairros estrategicamente distribuídos pela cidade. O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, cumpre isolamento recluso após ser diagnosticado com covid-19.
Covas esteve nas residências de cinco militantes de sua campanha nos bairros de Jaraguá, Guianenses, Vila Ré, Vila Nova Manchester e Vila Heliópolis.
Em todas as visitas, repetiu o ritual intimista de relembrar histórias do partido. "Hoje é um dia especial, de agradecimento. Passamos pelas casas de Olímpia, Roseli, Márcia, Lurdinha e mais tarde, na de Paulo Leite. Figuras históricas para o meu partido, que começaram a fazer política ainda com meu avô, Mário Covas. Em nome dessas cinco pessoas, eu agradeço a toda militância que foi para as ruas", disse o tucano.
O prefeito só falou com os jornalistas após tomar o terceiro café do dia, com a funcionária estadual aposentada Maria de Lurdes Silva, 77, a Lurdinha, conhecida por ser uma militante histórica do PSDB.
Covas desejou "saúde" ao adversário Guilherme Boulos e a "pronta recuperação" ao candidato. "Eu já enfrentei o covid. Sei que não é tranquilo. Espero que ocorra tudo bem com ele".
Questionado sobre o debate da <i>TV Globo</i> que deixou de acontecer devido ao diagnóstico de Boulos, Covas disse que foi a "democracia" que perdeu. "É uma pena que o debate que não tenha acontecido ontem".
O prefeito disse que o candidato do PSOL é seu adversário, mas não inimigo. "Não quero mal a ele."
Sobre o candidato a vice, Ricardo Nunes (MDB), não ter participado de debates no segundo turno, Covas disse que também não participou quando era candidato a vice de Doria. "O candidato a prefeito sou eu. As pessoas não querem comparar vice e apoios. Sou eu que vou governar a cidade nos próximos quatro anos."