O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse ter encaminhado ofício ao Ministério da Saúde na última sexta-feira, 22, solicitando informações sobre as intenções da pasta de adquirir mais doses do imunizante desenvolvido contra a covid-19. Segundo Covas, a resposta do Ministério é necessária para que o Instituto planeje a importação de insumos e a produção de novas doses.
De acordo com Covas, com as entregas já previstas, o Instituto deve cumprir o contrato de entregar 46 milhões de doses ao Ministério da Saúde. "Existe a possibilidade de o Ministério da Saúde contratar mais 54 milhões de doses, mas para isso precisamos de uma manifestação do Ministério da Saúde", disse. "O quanto antes houver essa definição, o quanto antes iniciaremos esse planejamento e o quanto antes traremos essas vacinas para o Brasil", completou Covas. "Diante de uma pandemia, nós precisamos ser rápidos, precisamos ter um senso de urgência.".
Segundo Covas, além da demanda brasileira, o Instituto deve honrar a intenção de fornecimento de doses a outros países da América Latina como Argentina, Uruguai, Bolívia e Peru.
O diretor do Instituto também endereçou falas do presidente Jair Bolsonaro – e do governo federal – que busca para si o mérito pela campanha de vacinação contra a covid-19. "Até duas semanas atrás nós não tínhamos contrato com o Ministério da Saúde. E a despeito disso, nós estamos produzindo a vacina e a despeito disso, nós estávamos negociando com outros países aqui da América Latina."