O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) fará sua primeira sessão de julgamento de 2018 na próxima quarta-feira, 7, com início às 10 horas. Na pauta, sete itens. Dentre eles, a compra da Votorantim Siderurgia pela ArcelorMittal e a aquisição da Monsanto Company pela Bayer Aktiengesellschaft.
Conforme o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou, no caso de ArcelorMittal e Votorantim, o Cade aguarda ainda uma oferta “mais robusta” das empresas para chegar a um acordo no processo. Pelo acordo, a divisão de siderurgia do grupo da família Ermírio de Moraes torna-se acionista minoritária da multinacional de aço no Brasil, com 15% do negócio de aços longos.
Se considerados todos os negócios da ArcelorMittal no mercado brasileiro, a fatia dos Ermírio de Moraes cai para 3%. Segundo fontes, o Cade ainda não está satisfeito com a oferta apresentada pelas siderúrgicas.
Montadoras
Na sessão da quarta-feira, o Cade também vai retomar o julgamento de um processo contra Fiat, Ford e Volkswagen movido pela Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças (Anfape). Em julgamento de novembro do ano passado, o conselheiro Paulo Burnier votou pela condenação das montadoras e pediu o pagamento de multas que somam R$ 4,2 milhões. No entanto, o julgamento foi interrompido por um pedido de vista do conselheiro Maurício Maia e só agora retorna à pauta.
No processo, que se arrasta há dez anos no Cade, a Anfape acusa as montadoras de conduta anticompetitiva por impedir os fabricantes independentes de produzirem peças externas para reposição, como para-choques, lataria, faróis e retrovisores. As montadoras negam as irregularidades.
Outros processos
O Cade ainda vai julgar na quarta-feira um ato de concentração entre o Grupo Petrotemex e a Petrobras e um outro entre Copobras da Amazônia Industrial de Embalagens e Cryovac Brasil, além de um processo contra a Helicópteros do Brasil (Helibrás) e um pedido de reapreciação em processo que investiga conduta dos sindicatos dos Transportadores Autônomos de Contêineres do Litoral Paulista, das Empresas de Transporte Comercial de Carga no Litoral Paulista e dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista.
A ação contra os sindicatos foi apresentada pelo Conselho de Autoridade Portuária do Porto de Santos (CAP).