A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) marcou a sabatina dos novos diretores do Banco Central para 15 de fevereiro, às 9 horas. Serão analisadas as indicações de Diogo Guillen para a diretoria de Política Econômica e Renato Dias de Brito Gomes para a diretoria de Organização do Sistema Financeiro e Resolução, no lugar de João Manoel Pinho de Mello.
Segundo o presidente da comissão, senador Otto Alencar (PSD-BA), a votação no plenário deve ocorrer no mesmo dia, à tarde. Na CAE, os senadores Fernando Bezerra (MDB-PE) e Esperidião Amin (PP-SC) serão os relatores das indicações.
Atualmente, a diretoria colegiada do BC está com um membro a menos. Fabio Kanczuk, que era diretor de Política Econômica, deixou o órgão no fim do seu mandato, em 31 de dezembro. João Manoel Pinho de Mello também sairia na mesma data, mas estendeu seu mandato até o Comitê de Política Monetária (Copom) de fevereiro, diante do adiamento da sabatina do seu substituto, que inicialmente ocorreria no dia 14 de dezembro.
Otto Alencar informou que o adiamento da sabatina ocorreu pelo baixo quórum na comissão em dezembro. Na data em que estava prevista a sabatina dos diretores do BC, também foi marcada a análise dos senadores indicados para a vaga no Tribunal de Contas da União (TCU), votação de grande interesse dos parlamentares, que elegeu o agora ex-senador Antônio Anastasia para a corte de contas. Na época, também pesou a informação de que Diogo Guillen é genro do banqueiro Fabio Colletti Barbosa, membro independente do conselho do Itaú Unibanco.
Diogo Abry Guillen era economista-chefe da Itaú Asset Management e professor vinculado ao Insper. Já Renato Dias de Brito Gomes era professor da Escola de Economia de Toulouse e pesquisador do Centre National de la Recherche Scientifique.