O secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, disse nesta quinta-feira, 8, que o Brasil terá que enfrentar uma reforma da Previdência muito mais abrangente se não aprovar agora a proposta de emenda constitucional que muda as regras das aposentadorias. “Ainda temos tempo de fazer uma reforma de natureza preventiva. Se não fizer agora, o que terá que ser feito no futuro é muito maior”, comentou o secretário, ao participar de debate sobre o tema na TV Estadão.
Caetano disse estar otimista sobre a aprovação da matéria neste mês e disse que os próximos dias serão de “muita conversa” com os deputados para a obtenção dos votos que faltam.
“A reforma é mais de Estado do que deste governo”, afirmou o secretário. “Para o governo, seria mais fácil deixar o tema da Previdência para a frente. Mas o governo preferiu enfrentar a questão e fazer a reforma abrangente”, acrescentou Caetano. Ele comentou ainda que a reforma da Previdência, mesmo com todas as modificações já feitas no texto, será suficiente para sustentar a conta previdenciária nos próximos dez anos.
Após participar do debate, o secretário disse que a reforma nas aposentadorias é “urgente”, ao ser questionado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, sobre a ideia, defendida por alguns parlamentares, de votar a matéria após as eleições de outubro. “Precisamos trabalhar a reforma para ela ser votada o quanto antes.”
Segundo ele, se a reforma não for aprovada agora, poderá ser necessário incluir em seu texto medidas de compensação ao tempo em que a matéria ficou suspensa. “Empurrar o problema para frente significa adoção de medidas mais fortes”, declarou.