Variedades

Café Piu Piu chega aos 35 anos de resistência

O Café Piu Piu, uma espécie de símbolo duplo de resistência, começa nesta segunda-feira (30) uma série de shows especiais para festejar seus 35 anos de solidez na Rua 13 de Maio. Dos tempos áureos da rua que já foi uma das mais procuradas na noite de São Paulo, só o Piu Piu permanece com relevância e sem descaracterizações. Além de resistir bravamente à queda das casas vizinhas, o espaço passou a simbolizar também um exemplo de fidelidade ao rock and roll.

A agenda de shows para celebrar a data está montada assim: nesta segunda-feira, dia 30, apresentam-se a banda Os Spoilers e Beto Bruno (do Cachorro Grande). No dia 12 de maio, chegam o grupo já histórico na casa, Almanak, mais o roqueiro baiano Marcelo Nova, do Camisa de Vênus. No dia 19 de maio, aparecem a Classic Zoom e, logo depois, Edgard Scandurra, do Ira!. Em 26 de maio, será a vez de Hardstuff mais Canisso, dos Raimundos, e ainda o guitarrista Marcão, do Charlie Brown Jr.. E o mês termina, dia 30 de maio, com a volta do Spoilers mais o roqueiro Nasi, também do Ira!.

Paulo Lustig, dono da casa, um apaixonado pelas vertentes mais pesadas do rock and roll, diz o seguinte sobre sua paixão pelo lugar que viu ser erguido. “O Café Piu Piu faz parte da história da minha vida. Eu cresci lá dentro. Meu pai, engenheiro, construiu, criou o bar quando eu tinha 11 anos de idade.”

De todos os shows que viu, qual seria sua noite mais marcante? “Uma das que eu mais me lembro foi o show do Cauby Peixoto. Eu era moleque, tinha uns 12 ou 13 anos. Naquele dia eu fiz amizade com o baterista e comecei a me interessar por música. Teve também a noite que tocou a Coqueluche, uma antiga banda de rock. O filho do vocalista frequenta o bar até hoje. Vários artistas passaram e começaram no Piu Piu.”

Se seus ídolos já passaram pela casa? “Posso falar de vários, como o Edgard Scandurra, que já tocou mais de uma vez e também com o Ira!. O Marcelo Nova é outro. Tenho contato com eles. Outro que tem uma história é o Kid Vinil, já falecido.” Andreas Kisser, do Sepultura, é outra figura frequente. “Nunca mudamos de dono nem de local. A decoração da casa mantém muita coisa original.”

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