As investigações da Polícia Federal (PF) sobre a Operação Coffee Break avançam em Hortolândia, e o vice-prefeito preso, Cafu César (PSB), foi transferido para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Guarulhos. A mudança ocorreu após o pedido do vice-prefeito para ser transferido para o presídio de Tremembé ter sido negado.
Cafu César e o secretário de Educação e Habitação, Fernando Gomes de Moraes, seguem detidos enquanto a PF analisa documentos, dados e materiais apreendidos em diversos endereços ligados aos investigados.
Mesmo tendo forte influência sobre os 19 vereadores, Cafu César não conseguiu impedir a votação que aprovou seu afastamento do cargo de vice-prefeito. Ele também foi exonerado da Secretaria de Governo por decisão do prefeito Zezé Gomes (Republicanos).
O grupo político do prefeito vive sob a tensão da possibilidade de Fernando Gomes de Moraes aceitar propor um acordo de delação premiada. Segundo relatos, esse movimento estaria sendo articulado pela defesa e poderia revelar novos nomes, gerando um “impacto devastador” no governo.
Informações de bastidores apontam que a Polícia Federal realizou um pente-fino nas finanças e nas viagens consideradas “ostentação” do vice-prefeito. Entre os alvos da investigação estão:
- Uma viagem aos Emirados Árabes Unidos (Dubai) para assistir a uma partida de futebol.
- O gasto de mais de R$ 2,3 milhões em artigos de luxo.
Além disso, a investigação estaria abrangendo o caso de Rio Grande da Serra, envolvendo a atuação de Cafu César, sua ex-esposa e vereadores na cassação do ex-prefeito Claudinho da Geladeira.
Cafu César deverá tentar novamente um pedido de habeas corpus. Enquanto a oposição acompanha o escândalo, parte da população de Rio Grande da Serra torce para que a PF avance com as investigações na cidade.


