O conselho de administração da Caixa Econômica Federal (CEF) informou nesta quinta-feira, 30, através de nota, que a vice-presidente de Habitação do banco, Henriete Bernabé, ocupará interinamente a presidência até que a nova CEO, Daniella Marques, tome posse. O <i>Broadcast</i>, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, mostrou mais cedo que Daniella, já nomeada, deve ser empossada no banco na terça-feira, 5.
Ainda de acordo com a nota, os procedimentos internos de elegibilidade de Daniella estão sendo iniciados. Auxiliar do ministro da Economia, Paulo Guedes, ela ainda precisa ser aprovada pelas instâncias internas da instituição.
Na nota, o conselho da Caixa afirma também que tomou conhecimento da "possível existência de procedimento" de investigação contra o ex-presidente Pedro Guimarães, no dia 28 de junho, e que o presidente do órgão solicitou que o comitê de auditoria buscasse informações sobre a existência de investigação sobre os mesmos fatos nas instâncias do banco.
Guimarães foi demitido ontem, após denúncias de assédio sexual por parte dele a funcionárias da Caixa. O Ministério Público Federal investiga a conduta do executivo.
"Apuradas as informações preliminares, foi identificada a existência de denúncia recebida pelo Canal de Denúncias da Caixa em maio deste ano. O Canal de Denúncias da Caixa, como recomendam as boas práticas de governança, é gerido por entidade externa, de modo a preservar a identidade dos denunciantes", afirma a nota.
O conselho da Caixa diz que a corregedoria do banco entendeu que mais informações seriam necessárias para que a investigação prosseguisse internamente. Essas informações foram prestadas no dia 28 de junho pelo denunciante. A apuração da corregedoria está em andamento.
"Em razão dos fatos, o Conselho, reunido nesta data em sessão extraordinária, não somente determinou o prosseguimento da apuração pela Corregedoria, como deliberou pela contratação de uma empresa independente para promover investigações complementares", diz o órgão de administração do banco.
"O Conselho de Administração da Caixa registra que condutas ilícitas não são toleradas, em especial as de assédio sexual ou de qualquer natureza, e, se comprovadamente praticadas por agentes da instituição, receberão o devido tratamento previsto na legislação e nas normas internas da empresa", conclui a nota.