O atacante Calleri marcou um dos gols da vitória de virada do São Paulo diante do Cobresal por 3 a 1, no Chile, na noite de quarta-feira, pela Copa Libertadores. Mas foi substituído pouco depois de balançar as redes por sentir dores na panturrilha direita e ligou o sinal de alerta com a suspeita de uma nova lesão.
O atleta fez um desabafo após a partida e refletiu sobre a preparação física. "Muito frustrado. Não consigo ter uma sequência grande. Senti minha panturrilha. Tenho que ver da porta (do CT) para dentro o que estou fazendo mal para machucar menos", disse Calleri em entrevista à TV Globo.
O são-paulino pontuou ainda as dificuldades com o calendário de jogos do futebol brasileiro. "No Brasil, é uma loucura a quantidade de viagens que a gente tem. A gente quase não dorme, dorme no voo, treina como pode. Faz 15 dias que estamos viajando, mas não é desculpa. Meus companheiros estão bem, e eu vou ter que melhorar da porta para dentro para tentar não me machucar", afirmou o atacante.
Calleri entrou em campo em 19 dos 24 jogos do tricolor paulista na temporada e perdeu dois confrontos – um contra o Novorizontino e outro contra o Talleres – por um rompimento de cisto de Baker na parte posterior da perna direita. No ano passado, após o título do São Paulo na Copa do Brasil, o argentino relatou problema no tornozelo e disse que jogou no sacrifício por meses.
Além do desabafo, Calleri comentou sobre a atuação do São Paulo no duelo contra o Cobresal. O centroavante marcou o terceiro gol do time na partida e revelou preocupação com a postura da equipe na parte inicial. O jogo foi no estádio Zorros Del Desierto, no Chile, a 2.660 metros de altitude.
"O time está muito bem, estamos conseguindo jogar do jeito que queremos, só que acontece o que houve hoje. A gente entrar meio na preguiça. Eles (jogadores do Cobresal) sabem jogar aqui, e a gente não conseguia dar 10 ou 15 passes seguidos. A gente errou um passe e gol do adversário. São coisas que, na Copa Libertadores, não podem acontecer, e temos que melhorar muitas coisas, mas estamos no caminho certo", disse Calleri.