A inadimplência das grandes empresas, considerando os atrasos acima de 90 dias, do Bradesco deve retornar ao intervalo de 0,5% a 0,4% no segundo semestre deste ano, de acordo com Luiz Carlos Angelotti, diretor gerente e de Relações com Investidores do banco. De janeiro a março, o indicador permaneceu estável em 0,8% ante os três meses anteriores. Em um ano, porém, subiu 0,4 ponto porcentual.
O Bradesco efetuou mudanças de rating no segmento corporativo durante o primeiro trimestre em um período que empresas, principalmente envolvidas na Lava Jato, entraram com pedido de recuperação judicial.
Tal movimento impactou, conforme o banco, o gasto com calotes. As despesas com provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, somaram R$ 3,580 bilhões no primeiro trimestre, aumento de 25,1%, quando esses gastos estavam em R$ 2,861 bilhões. Em relação ao quarto trimestre de 2014, quando a cifra estava em R$ 3,307 bilhões, cresceu 8,3%.
Em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, o banco explica que fez um alinhamento do nível de provisionamento em relação à expectativa atual de perda de determinadas operações com clientes corporativos.