Parlamentares descartaram a criação da CEI (Comissão Especial de Inquérito) para apurar a conduta adotada pelos profissionais da Prefeitura ou da própria na utilização da ambulância como meio de transporte para manifestantes, que estavam trajados com camisas da CUT (Central Única dos Trabalhadores), durante manifesto realizado na última sexta-feira, 13, na avenida Paulista, promovido pelo Partido dos Trabalhadores.
Líder da bancada do PSDB na Câmara, o vereador Geraldo Celestino creditou o fato à uma imprudência cometida pelo condutor do veículo, que teve sua identidade preservada, porém, revelou que o próprio, em conversa com os parlamentares tucanos, assumiu o equívoco, mas não disse qual era a origem daqueles que os transportava durante o manifesto petista na Capital, além de isentar o Governo Municipal de qualquer participação nesse episódio.
"Nós da bancada do PSDB procuramos o motorista e a gente tem a convicção que foi uma falha pessoal dele. Não foi um questão orquestrada em que a Prefeitura mandou buscar os manifestantes. Houve um erro grave, que ele sabe que não poderia dar carona. Agora precisamos saber quem pegou carona", declarou o vereador Geraldo Celestino.
No entanto, o tucano defendeu a tese de que se deve levar em consideração a conduta do motorista durante o período em que presta seus serviços ao município. Em contrapartida, afirmou que o movimento contou com a participação de funcionários de governos municipais administrados pelo PT para defender as políticas do contestado governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
"Agora o motorista foi infeliz. É um bom funcionário e tem 15 anos de Prefeitura, além de um bom prontuário. Por tanto, você não pode crucificar essa pessoa. O que começa errado termina errado. E essa manifestação aconteceu errada e foi estatal. Tinha funcionários comissionados das Prefeituras de Guarulhos, São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André e Osasco", ressaltou.
Oposicionista ao atual governo municipal, Celestino revelou que o motorista deve sofrer punições por sua atitude irregular ao ofertar carona aos integrantes da CUT. Para a instalação da CEI seriam necessárias adesões de 11 vereadores, porém, apenas quatro estariam de acordo. "Foi uma mobilização estatal para defender um desgoverno. Então, o pobre do motorista foi infeliz que acabou dando carona para alguns manifestantes e ele vai acabar pagando por isso", encerrou.