Política

Câmara recebe manifesto de moradores que lutam contra reintegração de posse na Vila Operária

Palco de diversas manifestações populares neste ano, a Câmara Municipal recebeu na tarde deste terça-feira, 17, mais uma delas. Dessa vez foi populares de bairros como Vila Operária, Mikail e Parque Continental se manifestarem contra a reintegração de posse prevista para acontecer naqueles locais. Líderes sugerem que estas áreas possam se enquadrar na nova lei de zoneamento da cidade e se tornem de interesse social.
 
Enquanto parte dos moradores destas regiões apoiavam o protesto na Casa de Leis, aqueles que permaneceram nos bairros foram notificados sobre a reintegração, principalmente na Vila Operária. No entanto, representantes do movimento se reuniram com parlamentares para, enfim, discutir possíveis soluções à este caso. O resultado desse encontro ficou reservado para os próximos capítulos.
 
"O nosso objetivo principal, hoje, é suspender todas as reintegrações de posse das áreas que está na iminência de serem reintegradas. O Cocaia, o pessoal da Salgado Filho, além do embate quanto a regularização por interesse social e aplicabilidade das novas Leis municipais implantadas no último final de ano pra ser colocada a Vila Operária nessa situação e os Parques Continentais do 1 ao 5", declarou o coordenador do movimento dos moradores, Anselmo Pires.
 
Já a pensionista Maria do Carmo, de 60 anos, mora na Vila Operária há 15 anos e tem medo de perder o que construiu. “Na época eu paguei mais de R$ 6 mil e não quero nada de graça. Se disser que eu tenho que pagar, eu pago, mas eu recebo R$ 780,00 por mês, e preciso que baixe o valor para eu poder acertar” explicou Maria.
 
Nas proximidades do encerramento da Sessão Plenária da Câmara Municipal, os munícipes e intitulados representantes do movimento daquela área resolveram se reunir, em aproximadamente 40 pessoas, para continuar a discussão sobre o assunto no Coreto da Praça Getúlio Vargas. Eles pleiteiam o cancelamento da matriz dos loteamentos que foram considerados irregulares e transformá-los em área de interesse social.
 
"Na verdade a gente já vem a muito tempo negociando aqui na Câmara e pedindo que faça intervenções junto ao Poder Executivo pra que possamos suspender as reintegrações e aplicar a Lei. Tem muitas reintegrações na iminência de acontecer, inclusive com muitas pessoas já notificadas. No Continental as reintegrações estão sendo realizadas em média de 3 a 5 pessoas por dia", revelou Pires.