Internacional

Cameron diz que houve progresso em diálogo com UE, mas ainda não há acordo

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, chegou na manhã desta sexta-feira para mais conversas com seus parceiros da União Europeia. Cameron afirmou que fará todo o possível para garantir um acordo sobre a relação do Reino Unido com o bloco.

Cameron se reuniu com outros líderes até depois das 5h (hora local) de hoje. Retornando poucas horas depois, o premiê disse que “nós fizemos algum progresso, mas ainda não há um acordo”. “Nós vamos voltar lá, faremos mais um pouco de trabalho e farei tudo o que puder”, afirmou Cameron.

Os líderes da UE buscam fechar um acordo nesta sexta-feira, mas precisam resolver diferenças em questões como benefícios de seguridade social e a regulação financeira.

A reunião da UE em Bruxelas termina nesta sexta-feira e, além da questão do Reino Unido, também está em foco a crise de refugiados no continente.

O Reino Unido questiona se vale a pena seguir na UE e pressiona por um acordo para reformar as regras do bloco. Depois de um possível acordo, os eleitores do Reino Unido se pronunciarão sobre a permanência ou não do país no bloco.

Cameron disse que era necessário chegar a um acordo substancial, que seria “digno de crédito para o povo britânico”. Ele enfrenta, porém, resistência em algumas de suas demandas, especialmente da França. O presidente francês, François Hollande, advertiu na quinta-feira que nenhum líder individual deve ter permissão para impedir uma maior cooperação europeia. Para Hollande, ceder muito ao Reino Unido, especialmente afrouxando a regulação financeira, levaria outros países a exigir regras especiais, também, o que minaria a ideia de unidade.

A imigração é uma questão delicada para os eleitores do Reino Unido, porque o país tem atraído centenas de milhares de trabalhadores do Leste Europeu nos últimos dez anos. Os imigrantes da UE podem pedir créditos tributários e outros benefícios no país, o que Cameron diz que pesa sobre o orçamento nacional. O premiê quer limitar o pagamento do benefício por crianças, dado a todas as famílias, somente para os imigrantes da UE que fiquem pelo menos dez anos no país. Fonte: Associated Press.

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