Camila Lopes deixou o Brasil para treinar nos Estados Unidos, com as melhores atletas das Américas, e agora começa a colher os frutos desta iniciativa, que não contou com apoio do governo ou da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). Neste sábado, a jovem de 21 anos foi a segunda melhor da fase classificatória da ginástica de trampolim dos Jogos Pan-Americanos, em Toronto.
A brasileira recebeu 45,010 pontos na sua primeira apresentação e 50,755 na segunda, alcançando um total de 95,765 pontos. Ficou atrás apenas da canadense Karen Cockburn, que somou 97,465. Foi melhor do que as norte-americanas, que ficaram no terceiro e no último lugar.
Todas as oito atletas, entretanto, avançaram à final, domingo, quando a competição começa do zero. Cada ginasta fará mais uma apresentação, que definirá ouro, prata e bronze. Em Guadalajara, Giovanna Matheus foi a quinta colocada.
No masculino, Carlos Ramirez Pala não foi bem. O brasileiro somou 89,745 pontos e terminou na oitava e última colocação. Menos mal para ele que todos avançavam à final. Em Guadalajara, Pala foi quinto. Rafael Andrade, que não conquistou vaga para Toronto, ganhou a prata.
Caso não obtenha classificação pelos critérios usuais (o que é improvável), o Brasil tem direito a uma única vaga na ginástica de trampolim dos Jogos Olímpicos. Irá ao Rio o brasileiro melhor classificado no evento-teste, seja no masculino ou no feminino. Assim, Camila e Carlos são, na prática, rivais.