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Campanha Contra a Exploração Sexual e Trabalho Infantil começa na quarta-feira

Com foco na proteção e acolhimento à criança, a campanha vai distribuir cartazes em mais de 90 mil estabelecimentos da rede hoteleira e gastronômica da cidade de São Paulo. A ação é uma parceria com o Sinthoresp (Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de São Paulo e Região), a NCST (Nova Central […]
Com foco na proteção e acolhimento à criança, a campanha vai distribuir cartazes em mais de 90 mil estabelecimentos da rede hoteleira e gastronômica da cidade de São Paulo. A ação é uma parceria com o Sinthoresp (Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de São Paulo e Região), a NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores), a CONTRATUH (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade) e a entidade Semente do Amanhã. 
 
De acordo com a Coordenação de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, o “Disque 100” – o serviço de Disque Denúncia Nacional – registrou em 2014 (até novembro) mais de 88 mil denúncias referentes a casos de violência sexual com crianças e adolescentes. No ranking das regiões que mais ofereceram acusações de violência sexual contra crianças e adolescentes em 2014, temos: Nordeste 30,7%; Sudeste 32,45%; Sul 16,44%; Norte 9,36%; Centro-Oeste 10,41%.
 
Para o secretário Floriano Pesaro, é primordial o envolvimento de toda sociedade nesse combate. “Criança na rua está exposta a três tipos de violência: a física, a moral e a sexual. Somente com trabalho conjunto com a família, a sociedade e o governo vamos garantir a criança e ao adolescente, colocando-os a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração e violência”, disse.
 
Diante de uma preocupante realidade acerca da exploração sexual e do trabalho infantil onde, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), existem aproximadamente 3 milhões de crianças brasileiras menores de 14 anos trabalhando em diversos setores da economia, não há como ignorar o não cumprimento dos direitos fundamentais da criança e do adolescente. 
 
Sabemos que não se trata uma tarefa fácil, mas não impossível. É muito importante e necessário que todos façam sua parte, inclusive cada um de nós; pois a criança não pode ser responsabilizada por problemas de questões diversas e, principalmente, não ter escola ou oportunidade de fazer seu futuro melhor. Segundo Francisco Calasans, Presidente do Sinthoresp, “É preciso denunciar esses crimes, para isso criamos no SINTHORESP o Disque Denuncia 08007705698”. Além disso, somos uma entidade participante no combate à exploração sexual e trabalho infantil, atuando por meio a de uma rede (COETRAE*, PETI*, MPT, entre outros.), o que possibilita um combate mais efetivo por parte da sociedade e do governo, completou Calasans. 
 
Para Moacyr Roberto Tesch Auersvald, Presidente da CONTRATUH o problema da exploração sexual e do trabalho infantil requer inúmeras mudanças que precisam ser tratadas em conjunto, com os governos federal, estadual e municipal, a Polícia Federal, a sociedade, as entidades representativas e principalmente a mídia, que tem o papel fundamental de divulgar as ações e as campanhas, para que haja um resultado efetivo. 
 
O Disque Denúncia do Sinthoresp funciona no número 0800-770-5698, das 8h às 17h, com ligação gratuita, atendendo toda a região metropolitana de São Paulo, inclusive para o esclarecimento das dúvidas dos trabalhadores sobre o tema.
 
A Lei Federal n 11.577/2007 determina que estabelecimentos de hospedagem e gastronomia fixem cartazes contrários à exploração sexual de crianças e adolescentes em locais de boa visibilidade. 

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