O velocista norte-americano Christian Coleman, atual campeão do mundo na prova dos 100 metros, foi suspenso provisoriamente nesta quarta-feira por violações aos exames antidoping. A decisão – tomada por ter perdido um teste no último mês de dezembro, o terceiro em 2019, o que configura uma infração – foi anunciada pela Unidade de Integridade de Atletismo (AIU, na sigla em inglês).
Coleman, um dos favoritos à medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados para o próximo ano por conta da pandemia do novo coronavírus, pode encarar uma suspensão de dois anos e corre o risco de não poder participar do evento no Japão.
O atleta, de 24 anos, anunciou ter faltado a um controle antidoping em dezembro, mas que tentou, sem êxito, contestar a infração perante a AIU. "Agora isso pode levar à minha suspensão", assumiu Coleman nas redes sociais.
Em longo texto publicado em seu Twitter, o norte-americano revelou a decisão da AIU e a rebateu, apontando que de fato não estava em casa quando foi procurado para realizar o exame, mas que não recebeu nenhuma ligação da entidade sobre o assunto. O relatório publicado pelo esportista junto ao texto de fato indica que os profissionais não ligaram para ele depois de não ter respondido à campainha após seis tentativas dos médicos.
O atleta afirmou também que de fato perdeu os dois exames anteriores – que deveriam ter ocorrido em janeiro e em agosto do ano passado -, mas que acredita que a falha no último teste teria sido promovida intencionalmente pela entidade.
"Eu me responsabilizo por ter perdido o exame de janeiro de 2019, e houve erro no arquivamento no exame de agosto, mas acredito que a tentativa de testagem de dezembro ocorreu de forma proposital para me afetar", declarou Coleman. "É minha responsabilidade como atleta ser um exemplo a ser seguido e ser transparente com os torcedores e com a comunidade".
Campeão dos 100 metros no Mundial de Atletismo em 2019, em Doha, no Catar, Coleman é um dos grandes nomes do atletismo dos Estados Unidos. O atleta já possui índice para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, mas precisa, caso consiga reverter a punição, confirmar a sua vaga na seletiva norte-americana em junho de 2021.