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Campeãs olímpicas, Martine Grael e Kahena Kunze são prata no Mundial de 49er FX

Pouco mais de um ano depois de se sagrarem campeãs olímpicas no Rio-2016, a dupla brasileira Martine Grael e Kahena Kunze conseguiram neste sábado mais um importante resultado. As duas conquistaram a medalha de prata no Mundial das classes 49er (masculino) e 49er FX (feminino), realizado nesta semana na Cidade do Porto, em Portugal.

Com 39 pontos perdidos, Martine Grael e Kahena Kunze só ficaram atrás das dinamarquesas Jena Mai Hansen e Katja Salskov-Iversen, que perderam 30 pontos nas regatas realizadas desde a última quarta-feira – a competição começaria dois dias antes, mas a falta de vento adiou o início. O bronze ficou com as neozelandesas Alexandra Maloney e Molly Meech (49 pontos perdidos).

As três duplas mantiveram o seu domínio na classe, já que formaram o pódio também nos Jogos Rio-2016, com as brasileiras no topo. A competição chegou ao fim com uma programação cheia no último dia. Só na 49er FX foram disputadas cinco regatas: duas pela fase de classificação e três na “medal race” (série da medalha).

Martine Grael e Kahena Kunze mostraram regularidade, ficando sempre no Top 5 do Mundial. No fim, só não superaram as velejadoras da Dinamarca, medalhistas olímpicas de bronze, recompensadas por um desempenho quase perfeito em uma semana ora sem ventos, ora com rajadas muito fortes.

A prata no Mundial coroa um ano brilhante para Martine Grael e Kahena Kunze. A dupla brasileira conquistou o título da Copa do Mundo da World Sailing (Federação Internacional de Vela), com três ouros nas três etapas disputadas: Miami, nos Estados Unidos, Hyères, na França, e Santander, na Espanha. E agora encerra a campanha repetindo o vice-campeonato mundial que teve em 2015. As duas já foram campeãs mundiais de 49er FX em 2014.

A partir de agora, Martine Grael volta o seu foco momentaneamente para a disputa da Volvo Ocean Race, a maior regata de volta ao mundo, mas sem deixar de lado a campanha olímpica.

OUTROS RESULTADOS – Robert Scheidt e Gabriel Borges subiram mais um degrau na escalada de aprendizado na 49er. Em seu primeiro Mundial na nova classe, o bicampeão olímpico enfrentou de tudo um pouco. Primeiro vento fraco. Depois fortes rajadas e ondas grandes. E, por fim, dificuldades com equipamento. Nas quatro últimas regatas da competição, neste sábado, a dupla brasileira sofreu com quebras no barco em duas delas. Como saldo, fica o sentimento de dever cumprido e a motivação para seguir em busca de evolução.

As dificuldades começaram logo na primeira regata. Um problema no leme impediu uma boa largada e, sem chances de recuperação, chegaram em 25.º lugar. Na sequência, Robert Scheidt e Gabriel Borges apresentaram grande performance para cruzar a linha de chegada na quinta posição. Se mantiveram no Top 15 da terceira prova, com um 13.º, mas o dia não teria final feliz. “Vínhamos bem na última corrida, entre os 10 primeiros. Estávamos realmente fazendo uma boa regata, mas aí quebrou um cabo que segura a vela balão e fomos obrigados a abandonar”, disse o maior medalhista olímpico do Brasil, com cinco pódios.

Robert Scheidt lamentou a quebra. Se tivesse conseguido terminar a regata, as chances de ter melhorado na classificação final do Mundial eram grandes. Porém, com o abandono, caiu da 36.ª para a 40.ª posição, com 102 pontos perdidos. Ao todo, 82 barcos competiram em Portugal. “É um pouco frustrante terminar assim, com uma quebra no barco. Acabamos perdendo muitos pontos, o que foi uma pena, porque dava para ter melhorado bastante e, no fim, caímos quatro posições. Mas, no geral, foi uma boa competição. Tiramos muitas conclusões. Melhoramos alguns aspectos e sabemos o que trabalhar daqui para frente a fim de melhorar nosso nível”, disse o velejador.

A vitória ficou com os britânicos Dylan Fletcher-Scott e Stuart Bithell, com 19 pontos perdidos. Entre os demais brasileiros em Portugal, Carlos Robles/Marco Grael e Dante Bianchi/Thomas Low-Beer apareceram em 20.º e 36.º lugares, respectivamente.

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