Comércio, serviços e atividades religiosas de Campinas, no interior de São Paulo, devem fechar das 19h às 5h a partir deste sábado, 19. Com multa prevista em caso de descumprimento, o toque de recolher mais rigoroso foi anunciado nesta sexta-feira, 18, após a cidade registrar fila por vaga na UTI e mais 18 mortes por covid-19, totalizando 3.554 óbitos desde o início da pandemia.
A prefeitura proibiu também, no mesmo horário, o consumo de bebidas alcoólicas em ruas e locais de acesso público, incluindo dependências de postos de combustíveis. Até agora, Campinas vinha seguindo a fase de transição do Plano São Paulo, com encerramento das atividades das 21h às 6 horas.
O toque de recolher vale para restaurantes, mercados, supermercados e padarias, além de academias, templos e igrejas. Em caso de quebra da regra, o infrator será multado em R$ 1,5 mil. Se o consumo for em posto de combustível, o estabelecimento será multado em R$ 3 mil, valor que dobra na reincidência, além da lacração do posto por 30 dias.
Durante o dia, as atividades estão liberadas com 40% de ocupação. A Guarda Municipal de Campinas ganhou reforço em seu efetivo para realizar a operação Aglomeração Zero.
As pessoas que estiveram nas ruas após as 19 horas serão mandadas para casa, com exceção de trabalhadores em serviços de saúde e atividades essenciais. "A nossa prioridade é intensificar a fiscalização das aglomerações em vias públicas, perto de bares e postos de combustíveis, que é onde está ocorrendo a transmissão", disse o prefeito Dário Saadi (Republicanos) ao anunciar as medidas.
Nesta sexta, os leitos para covid-19 no SUS Municipal atingiram 100% de ocupação. Havia ainda 32 pacientes na fila por UTI. A maior cidade do interior já chegou a 109.251 infectados pelo coronavírus.