A queda de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário no terceiro trimestre ante o trimestre imediatamente anterior refletiu a expectativa de queda de 5,9% da safra da cana-de-açúcar, afetada pela estiagem. No segundo trimestre, ao contrário, havia reflexos positivos da colheita da soja, que deve crescer 5,6% no ano, e agora já não aparece mais no PIB.
“Na agropecuária você está comparando trimestres com safras relevantes de produtos agrícolas diferentes. No segundo trimestre ainda havia uma safra relevante de soja, o que colaborou positivamente”, disse Rebeca Palis, gerente da coordenação de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na indústria, Rebeca destacou o fim do efeito Copa do Mundo ajudou a indústria a ter alta de 1,7% ante o segundo trimestre. De abril a junho o setor foi afetado pelo menor número de dias úteis e paralisações da indústria por conta do mundial de futebol no País. Também houve melhora na indústria extrativa mineral, em especial de petróleo e minério de ferro.
Também pela ótica da produção, a alta de 0,5% dos serviços na margem foi puxada por transporte (1,4%) e intermediação financeira (0,6%). Nesse último caso, entretanto, os bancos ganharam mais em volume com serviços não relacionados à intermediação financeira, com tarifas como manutenção de contas, por exemplo.