O dia 27 de novembro é marcado pelo combate ao câncer no Brasil e no mundo. E o câncer colorretal é um dos que mais tem preocupado a classe médica no Brasil. Estima-se que cerca de 28 mil novos casos de câncer de cólon e reto sejam diagnosticados no próximo ano, principalmente entre as mulheres. A doença pode ter sintomas semelhantes ao da presença de hemorróida e, em algumas situações, existe a necessidade de exames específicos para o diagnóstico correto.
De acordo com o oncologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Ricardo Caponero, a pesquisa de sangue oculto nas fezes e métodos endoscópicos são capazes de detectar precocemente o câncer de colorretal e excluir o diagnóstico de hemorróida. "É muito comum vermos pacientes que atribuem o sangramento intestinal à presença de hemorróidas, sem procurarem um médico ou sem se aprofundarem nos exames. Por isso, ao surgirem os sintomas, deve-se sempre fazer uma investigação mais profunda", orienta o especialista.
A presença de sangue nas fezes e a alteração na frequência de evacuação são os sintomas mais comuns do câncer colorretal. Pessoas com mais de 50 anos com anemia de origem indeterminada e que apresentem suspeita de perda crônica de sangue também devem ser investigadas.
Entre as causas mais comuns de câncer de cólon e reto está a predisposição genética ao desenvolvimento de doenças crônicas do intestino. Além disso, uma dieta baseada em gorduras animais, baixa ingestão de frutas, vegetais e cereais, assim como consumo excessivo de álcool e tabagismo, favorecem o aparecimento da doença. "A idade também é considerada um fator de risco, uma vez que tanto a incidência como a mortalidade elevam-se com o aumento da idade", explica.
A melhor maneira de prevenir o desenvolvimento do câncer de cólon e reto é adotar uma alimentação rica em vegetais e laticínios e pobre em gordura saturada. Evitar o consumo exagerado de carne vermelha e fazer atividade física regularmente são sempre indicados.
O diagnóstico precoce pode elevar as chances de cura. Dependendo do estado da doença o tratamento pode ser cirúrgico e a quimioterapia também pode ser indicada.