Nem só de interessados em vaga na universidade vive o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A estudante Larissa Cantão, de 23 anos, faz o exame desde 2010 como forma de se manter “atualizada”, afirma. Estudante de Física na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), e fazendo estágio como professora, Larissa afirma que os oito anos de Enem ajudam inclusive no trabalho. “Eu e meus alunos sempre conversamos sobre o que caiu nas provas”, diz.
Larissa faz provas em uma universidade da região centro-sul de Belo Horizonte, mesmo local de Cleber Samuel Luiz, de 24 anos, que vai tentar vaga no curso de Ciências da Computação. Prestando o Enem pela segunda vez, o estudante vê chances de melhores notas esse ano. Para Cleber, a mudança feita pelo Ministério da Educação, colocando provas da mesma área no mesmo dia, vai ajudar. “Ficou menos pesado. Antes, misturava humanas e exatas. Acredito que, agora, meu resultado será melhor, avaliou.”
Depois de tentar a vida no futebol, Diego Augusto Madureira, de 23 anos, faz o Enem pela segunda vez. Pretende cursar Educação Física. O estudante também aprovou a mudança na sequência de provas. “Tá tudo na mesma área. Fica mais fácil. Antes ficava embaralhado.”
Em Minas, o Enem está sendo realizado em 188 dos 853 municípios do Estado. O número é o mesmo do ano passado. O total de inscritos no Estado é de 725.679 estudantes, 23,4% menos que o verificado no ano passado. O Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que organiza o Enem, afirma que a redução ocorreu pelo fato de o teste ter deixado de certificar o ensino médio, função que voltou a ser do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).