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Candidato com insígnias e trajes religiosos: Padre Kelmon é um sacerdote?

Estreante nos debates, Padre Kelmon (PTB) chamou atenção no último sábado, 24, ao participar do debate promovido pelo <b>Estadão</b>, <i>Rádio Eldorado</i> e outros veículos de imprensa. Além das dobradinhas feitas com o presidente Jair Bolsonaro (PL) para atacar a esquerda, outra situação do candidato chamou atenção do público: a dúvida sobre ele ser ou não sacerdote.

Durante quebra-queixo após debate, Padre Kelmon comentou sobre a polêmica e afirmou ser um sacerdote. "Eu sou parte da igreja ortodoxa. A igreja ortodoxa não é uma igreja ortodoxa. São várias jurisdições ortodoxas. A minha jurisdição é a Igreja Ortodoxa Siro Malankara", disse.

Em setembro de 2022, a Arquidiocese Siro Ortodoxa Malankra da Diáspora publicou uma carta aberta em sua página no Facebook em que reconhece Padre Kelmon como "pároco interino" pela organização. "O Reverendo Padre Kelmon Luis Souza é reconhecido por seu inquestionável trabalho pastoral e social em benefício da comunidade, razão pela qual é sempre convidado para diversas atividades e eventos em prol do desenvolvimento do povo brasileiro", diz o documento.

Anteriormente, Padre Kelmon tinha sido rechaçado pela Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil após utilizar insígnias da organização religiosa. Em setembro, a igreja divulgou uma nota em que afirma que o candidato do PTB não integra nenhuma das "paróquias, comunidades, missões ou obras sociais".

"Chegou ao nosso conhecimento que, na iminência das eleições federais e estaduais do corrente ano, muitos cidadãos brasileiros têm questionado membros de nossa Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil – Patriarcado de Antioquia e todo Oriente, sejam do clero ou entre os fiéis leigos, a respeito de um candidato à Presidência da República pelo PTB que se auto apresenta como padre Kelmon ", diz a carta.

Padre Kelmon chegou na disputa presidencial como vice de Roberto Jefferson e assumiu a cabeça de chapa após Jefferson ter sua candidatura impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Kelmon conta que, aos 19 anos recebeu um chamado de Deus, e começou a se dedicar ao serviço à juventude. Dois anos depois, se tornou seminarista da igreja católica, aderindo posteriormente à igreja ortodoxa.

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