Inclinado a fazer uma campanha sem “padrinhos políticos”, o candidato do PMDB à prefeitura de Belo Horizonte, deputado federal Rodrigo Pacheco, afirmou nesta quinta-feira, 18, que o presidente em exercício, Michel Temer (PMDB) – principal cacique da legenda atualmente – não terá participação na captação de votos de eleitores da capital mineira. Segundo Pacheco, contato com Temer somente depois da campanha, em caso de vitória, para buscar recursos para a cidade.
Questionado se a decisão por descartar a participação do presidente em exercício na campanha em Belo Horizonte havia partido de Temer, ou do PMDB de Minas, Pacheco afirmou que o companheiro de legenda tem um trabalho maior a fazer. “Michel Temer tem hoje uma missão mais importante que qualquer campanha eleitoral municipal no Brasil, que é a de resgatar a confiança dos brasileiros na política do Brasil”, justificou.
Na avaliação de Pacheco, nenhum nome do partido nas eleições de outubro deverá pedir a participação de Temer nas disputas. “Qualquer candidato do PMDB minimamente responsável não vai exigir do presidente Michel Temer que se dedique a campanha alguma. E eu tenho essa noção, e deixarei ele cuidar daquilo que é mais importante, que é dos rumos do País”, disse Pacheco.
Na hipótese de virar prefeito, no entanto, o candidato afirma que vai usar o fato de ser do mesmo partido do presidente em exercício para trazer recursos para a cidade. “Na sequência, é bom que o povo de Belo Horizonte entenda que o presidente Michel Temer, sendo efetivado na Presidência da República, o prefeito do partido dele tratará de dialogar para ter os resultados que Belo Horizonte precisa”, disse. O processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) deverá ser concluído no fim de agosto.