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Candidato republicano diz que aumentaria limite da dívida do governo dos EUA

Ben Carson, candidato republicano à presidência dos Estados Unidos e neurocirurgião aposentado, disse neste domingo que iria aumentar o limite da dívida do governo federal no início de novembro, mas pela última vez.

“Se eu estivesse no comando agora, eu não iria nos levar a um default”, disse, na CBS. “Mas o que eu diria é que essa seria a última vez que aconteceria. E a decisão de elevação desse limite seria atrelada a algumas ações muito significativas, de modo que não voltemos novamente a este ponto no ano que vem, porque, como você sabe, é algo que acontece ano após ano.”

Ele chamou esse quadro de “um jeito estúpido de administrar o governo.”

O governo federal não pode acumular dívidas acima do limite definido pelo Congresso, de US$ 18,1 trilhões. O secretário do Tesouro, Jacob Lew, disse, no início deste mês, que o governo seria incapaz de pagar todas as suas contas sem um aumento no limite do seu endividamento até 05 de novembro.

Durante vários anos, os republicanos do Congresso têm procurado obter concessões envolvendo o Orçamento da Casa Branca em troca de elevações do limite da dívida.

Os comentários de Carson se deram após uma entrevista concedida no início deste mês em que ele parece confundir o orçamento federal com o teto da dívida, dizendo que, se ele fosse presidente, “não iria assinar um aumento do orçamento”. “Absolutamente não faria isso”, disse. O teto da dívida é o limite de dívida federal total que já foi incorrido.

Posteriormente, Carson disse que compreende o conceito de limite da dívida, mas repetiu o argumento de que os gastos do governo são a verdadeira questão.

“Enquanto elevar o teto da dívida refere-se ao pagamento de obrigações que o governo federal tenha incorrido, deixei claro na minha entrevista que a menos que nós comecemos a ter nossa dívida sob controle, vamos voltar a discutir o teto da dívida de forma regular”, disse ele à NBC.

O republicano Mick Mulvaney também disse neste domingo que quer que o Congresso evite o default. Ele afirmou que também iria procurar maneiras de reduzir os gastos, de forma que o Congresso não tenha de aumentar o teto da dívida novamente.

“Nós devemos elevar o limite, mas devemos tomar essa decisão como parte integrante de um pacote maior para resolver algumas das questões que podem nos levar a aumentar o teto da dívida novamente”, disse à CBS.

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