O brasileiro José Graziano foi reeleito, neste sábado, 6, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), o principal órgão das instituições internacionais para o combate à fome no mundo. Ex-ministro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, quando ajudou a criar o programa Fome Zero no Brasil, Graziano era candidato único e foi reeleito com o apoio do ex-presidente, que esteve em Roma hoje.
Graziano teve 177 votos de um total de 182 delegados nacionais que votaram hoje na 39ª assembleia-geral da instituição. Com isso o brasileiro, que assumiu a posição em 2011, graças às gestões diplomáticas de Brasília, permanecerá no cargo até 2019. Graziano agradeceu a confiança dos delegados e, em um breve discurso, disse que seguirá trabalhando para aprimorar a gestão da FAO e aperfeiçoar a luta contra a fome e a insegurança alimentar no mundo. “Tentarei fazer o melhor nos próximos quatro anos do que já fiz até aqui”, afirmou. “Há sempre oportunidades de melhorar.”
Um dos desafios de Graziano, engenheiro agrônomo formado nos Estados Unidos, é convencer a comunidade internacional a ampliar o financiamento às ações da FAO, que, segundo ele, não conta com os recursos necessários. Além do ex-presidente Lula entre os apoiadores, o congresso de FAO teve também a presença da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e do Chile, Michelle Bachelet, além do presidente da Itália, Sergio Mattarella, que fez o discurso de abertura do evento.