Mais de 7,7 milhões de participantes realizam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste fim de semana e devem ficar atentos ao horário de fechamento dos portões. No sábado, 24, e no domingo, 25, os candidatos terão até as 13 horas, no Horário Brasileiro de Verão, para entrar no local.
Com o horário de verão em alguns Estados e os diferentes fusos do País, os estudantes devem se prevenir para evitar confusões. Veja o horário de fechamento dos portões em cada Estado:
10h – Acre e parte do Amazonas.
11h – Parte do Amazonas, Rondônia e Roraima.
12h – Amapá, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Estados do Nordeste (Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia).
13h – Distrito Federal, Goiás e Estados do Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) e do Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais).
Importância do Enem
A nota do Enem é usada como critério de acesso à educação superior por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece vagas em 115 instituições públicas. Também é critério para acessar bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni), o Financiamento Estudantil (Fies) ou ingressar em vagas gratuitas dos cursos técnicos oferecidos pelo Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec).
Além disso, a partir deste ano, a Universidade de São Paulo (USP) decidiu adotar o exame, pela primeira vez, para preenchimento de 13,5% das vagas no vestibular 2016. Haverá reserva de 10,5% do total de vagas para alunos de escola pública e apenas 1% para candidatos pretos, pardos e indígenas. Também não há nenhum critério de renda, e o exame vale apenas para alguns cursos – 10 das 42 unidades, como Medicina, Escola Politécnica e Escola de Comunicação e Artes (ECA) estão fora.
Estudantes maiores de 18 anos podem obter a certificação do ensino médio por meio do Enem.
Dicas de neurologista para ir bem
Confiança: É muito importante estar confiante durante a prova. A insegurança leva a perda de tempo e contamina todo o rendimento durante a avaliação, segundo o neurologista Leandro Teles do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da USP. Valorize o que você estudou durante o ano, não fique pensando naquilo que você não estudou ou não aprendeu. Inicie a prova com assuntos que você domina, isso traz segurança, motivação e ajuda no controle de tempo. Não fique emocionado e fragilizado com questões que você não sabe a resposta. Toda prova tem questões difíceis e até questões imprecisas, mas cada teste vale a mesma coisa. Não permita que questões específicas tirem sua estabilidade. Não sabe a resposta, siga com tranquilidade e volte nas questões complicadas apenas no final, isso evita desgaste e perda excessiva de tempo.
Estratégia de prova: Conheça bem as regras da prova, o tempo total, o número de matérias e questões. Atribua tempos específicos de acordo com o grau de dificuldade individual, indica o neurologista. Chegue com antecedência e com a documentação exigida.
Alimentação: O neurologista recomenda que o candidato se alimente adequadamente no dia e durante a prova. Evite alimentos duvidosos e excessos alimentares (isso lentifica o processo mental e provoca sono). Prefira alimentos leves, de fácil digestão e com um bom perfil nutricional. Carboidratos integrais, frutas, massas leves, barras de cereais, são boas pedidas. Mantenha boa hidratação mas evite o excesso de líquidos para não ficar com vontade de ir ao banheiro, o que tira o foco da resolução. Durante a prova tenha em mão algum alimento rápido e um pouco de água, a atividade mental junto com a ansiedade causa um razoável gasto energético, além da água ajudar a reduzir a tensão nos momentos difíceis.
Facilite a evocação: Segundo o neurologista, o cérebro precisa encontrar as gavetas mentais para evocar o conhecimento. Uma dica é evitar pular de uma matéria para outra sem necessidade, procure entrar em determinada matéria e encerrar as questões desse tópico.
Valorize sua intuição: Nem tudo é lembrança consciente ou raciocínio lógico, diz o neurologista. Nosso cérebro trabalha com impressões por vezes dissociadas de linguagem e de rastro de lembrança. Na prova, na ausência de capacidade cognitiva de resolver conscientemente um teste, chute e arrisque baseado na impressão subjetiva e intuitiva inicial, a chance de acerto é maior.