Trinta minutos antes da abertura dos portões, a movimentação dos candidatos da Fuvest, exame de ingresso para a Universidade de São Paulo (USP), era tranquila nos arredores da Uninove-Barra Funda, ao lado da estação de metrô Barra Funda, na zona oeste da capital. Os estudantes, que chegaram adiantados, já aproveitam para ver a sala em que farão o vestibular. As listas com os locais foram afixadas no portão da faculdade.
Os portões foram abertos às 12h30 e as provas começaram às 13h. A duração total do exame é de cinco horas. De acordo com a Fuvest, o gabarito oficial deve ser liberado às 19h30. Os candidatos tentam uma das 11.057 vagas na USP ou 120 em Medicina na Santa Casa.
Na entrada do prédio da Uninove, outro aviso reforça que não será permitido o uso de aparelhos eletrônicos, como smartphones. Em entrevista ao Estado, o diretor executivo da Fuvest, Antonio Comune, afirmou que se o aluno for inteligente, “nem vai levar celular”. Ele ainda disse que os candidatos que infringirem a norma poderão ter a prova anulada.
Será a primeira vez que a estudante Giovanna Golvea, de 17 anos, fará a prova da Fuvest. Vinda de escola particular, ela disse que se preparou seis meses em um cursinho, dividindo o tempo entre o colégio, estudos em casa e o preparatório. “Chegava da escola e estudava em casa se tivesse prova. E à noite, ia para o cursinho”. A maior dificuldade da candidata ao curso de Arquitetura na USP, admite ela própria, é com Química.
Na Uninove, o vendedor Alberto de Oliveira, de 47 anos, oferece o “kit da Fuvest” aos alunos. “Compasso, caneta, régua e lápis, tudo por R$ 15”, grita insistentemente o ambulante. O material, de acordo com Oliveira, “é abençoado pelo padre”, conta.