Estadão

Cantora Lana Bittencourt, estrela da Era de Ouro do rádio, morre aos 91 anos em Petrópolis (RJ)

A cantora e atriz carioca Lana Bittencourt morreu nesta segunda-feira, 28, aos 91 anos, no Hospital Alcides Carneiro, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. Segundo anuncio feito na conta oficial da cantora, Lana morreu em decorrência de complicações cardíacas e respiratórias após ter sido internada em julho deste ano.

Irlana Figueiredo Passos foi um grande sucesso dos anos 1950 com músicas como Se Todos Fossem Iguais a Você de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, e Little Darling. A artista fez parte da Era de Ouro do rádio brasileiro e marcou uma geração como a Diva do Rádio, sendo conhecida também como "A Internacional" por cantar em diversos idiomas.

Em sua carreira, a artista gravou 75 discos e também teve os seus próprios programas nas rádios em que trabalhava, passando pela Rádio Tupi, pela Mayrink Veiga, e se apresentando em outras emissoras, como a Rádio Guarani e a Rádio Nacional de São Paulo.

No cinema, Lana encantou em Matemática Zero, Amor Dez (1960), Jeca Tatu (1959) e Esse Rio Que Eu Amo (1962).

Nas redes sociais, artistas e familiares lamentaram a perda, dentre elas a neta da cantora, a artista de MPB Mariana Braga, que relembrou momentos em que acompanhou a avó nos camarins e nos palcos. "Cantar do seu lado era um acontecimento".

Lana seguiu cantando até o início da pandemia, em 2020, quando fez algumas lives acompanhada do marido, o maestro Mirabeaux Pinheiro. Em 2010 e 2011 realizou shows no Teatro Rival BR com participações de Rogéria, Alcione, Ney Matogrosso e da neta, Mariana. Os shows renderam um CD duplo e o primeiro DVD de sua carreira: "A Diva Passional", lançados em 2013. Na mesma década, Lana estreou outros dois shows, em 2012 no "MPB pela ABL – A Volta das Cantoras do Rádio" em 2014 pelo espetáculo "A Noite – Nas ondas da Rádio Nacional".

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